Vivemos cada vez mais tempos estranhos. Nas últimas quatro décadas, a economia transformou-se em finanças, o capitalismo “tecnificou-se” de vez, separando irremediavelmente humanidade e natureza, a sociedade atomizou-se, a comunicação, ao invés de construir pontes, criou redutos, o trabalho precarizou-se, perdendo prestígio e sendo substituído pela ilusão empreendedora, radicalmente individualista e potencialmente alienada. Tudo isso