Ativistas que bloquearam trânsito em Lisboa irão amanhã a tribunal

Três ativistas bloquearam a estrada junto ao Museu de História Nacional, em Lisboa. Foram acusados de crimes "contra a paz pública".
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Os três ativistas do grupo Climáximo que foram detidos após bloquearem a Rua da Escola Politécnica, em frente ao Museu de História Nacional e da Ciência, em Lisboa, serão presentes a tribunal na terça-feira, 7 de novembro. Em causa estão crimes “contra a paz pública”.

O caso remonta ao passado dia 19 de outubro, quando os ativistas interromperam o trânsito, exigindo “que as instituições encarem a verdade e ajam de acordo com a emergência climática”.

Em comunicado, enviado esta segunda-feira às redações, o Climáximo adiantou que os ativistas serão presentes no Campus de Justiça e criticou a acusação.

“Não vivemos em paz social. Há muito que o Governo e grandes empresas emissoras sabem da destruição da crise climática, e continuam a subsidiar todos os dias infraestruturas que matam. Já não vivemos em paz, porque eles declararam guerra contra as pessoas e o planeta”, acusou Leonor Canadas, agrónoma e uma das arguidas, citada em comunicado.

Segundo a porta-voz, “as perturbações causadas por esta ação de protesto são ínfimas quando comparadas com as perturbações que foram causadas nesse dia pela tempestade que afetou o país, e pela disrupção catastrófica que a crise climática trará a todas as esferas da vida das pessoas”.

Na nota, o coletivo apelou ainda ao “direito que os portugueses têm de resistir face à crise climática, à necessidade de parar de consentir com os crimes em curso, e de abrir um debate sério na sociedade sobre como construir verdadeira paz”.

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