Arma de assaltante morto por polícia de elite em Benfica seria falsa

Tiro fatal foi disparado num prédio onde só moram polícias, depois de o agente ser alvo de assalto à mão armada que começou num semáforo de Algés, concelho de Oeiras.
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Uma tentativa de assalto à mão armada terminou, na madrugada de segunda-feira, com a morte de um dos ladrões, em Benfica, Lisboa. O atirador é um agente do Corpo de Segurança Pessoal da Polícia de Segurança Pública (PSP), com cerca de 50 anos, que um dos assaltantes terá escolhido ao acaso, enquanto o polícia estava no interior do seu carro particular, parado num semáforo de Algés, no concelho de Oeiras. Eram cerca das 3h00 da madrugada de segunda-feira.

Num primeiro momento, o polícia de elite foi obrigado a seguir viagem pelo homem que o abordou sob ameaça de uma suposta arma de fogo, até uma zona descampada, onde esperava uma mulher, cúmplice do suspeito. Em seguida, foi levado até a um multibanco e depois até à sua residência em Benfica onde, segundo o Jornal de Notícias (JN), reside com a mulher e a filha que, naquela madrugada, se encontravam fora de Lisboa devido às celebrações pascais na terra natal, no Norte do país.

Quando chegaram à habitação, o agente subiu com o elemento masculino da dupla de assaltantes ao primeiro andar do prédio – onde, também de acordo com o JN, só vivem polícias – no Bairro do Charquinho, enquanto a suspeita ficou no exterior à espera, num BMW cinzento.

Já no interior da residência, revelou a PSP num comunicado enviado na segunda-feira às redações, o polícia conseguiu alcançar a sua Glock 19 atribuída pela PSP e, por continuar sob ameaça de suposta arma de fogo, identificou-se como agente e efetuou um disparo, atingindo mortalmente o assaltante no peito.

Só nessa altura, quando o suspeito, identificado como Amílcar Pinto, de 49 anos, caiu inanimado e largou a arma, relata o Correio da Manhã, é que o polícia se apercebeu de que se trataria de uma réplica e não de uma pistola real.

Posteriormente, o homem pediu ajuda aos vizinhos polícias, que se encontravam no prédio, fora de serviço. A suspeita, que continuava no exterior do prédio, foi imediatamente retida e as autoridades chamadas ao local.

A Polícia Judiciária (PJ) tomou, entretanto, conta da ocorrência. A mulher foi detida e indicada por crimes de sequestro e roubo, devendo ser esta terça-feira presente a tribunal para interrogatório judicial. Os motivos do assalto estarão relacionados com um quadro de toxicodependência e descompensação, tanto do suspeito morto como da cúmplice.

O polícia já foi também ouvido pelos inspetores da PJ. Segundo fontes policiais, citadas pelo JN, este terá agido dentro dos procedimentos previstos. Apesar disso, deverá enfrentar um procedimento criminal e disciplinar.

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