Segundo a agência oficial SPA da Arábia Saudita, país que acolhe os dois lugares mais sagrados do Islão, o monarca e o filho “enviaram telegramas de condolências pela morte do Papa Francisco”, hoje aos 88 anos, sem adiantar mais pormenores.
O sultão de Omã, Haitham bin Tariq, também apresentou as suas condolências ao cardeal camerlengo do Vaticano, Kevin Farrell, de acordo com o Ministério dos Negócios Estrangeiros do país árabe.
Da mesma forma, o Rei do Bahrein, Hamad bin Isa al-Khalifa, enviou também um telegrama de condolências ao secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, manifestando as suas “sinceras condolências”, ao mesmo tempo que elogiou “o grande papel desempenhado” por Francisco em questões de paz e coexistência.
O monarca elogiou os esforços de Francisco na defesa de “causas justas e rejeição de conflitos e guerras”, bem como o “respeito e apreço que recebeu de todos os povos do mundo”, de acordo com a agência de notícias oficial do Bahrein, BNA.
Outros países do Golfo Pérsico, como os Emirados Árabes Unidos (EAU), lamentaram igualmente a morte do pontífice, assim como chefes de Estado do Médio Oriente, incluindo Egito, Iraque, Jordânia e Líbano, que decretou três dias de luto.
O Governo jordano decidiu, por seu lado, colocar as bandeiras a meia haste em ministérios, departamentos governamentais, instituições e organismos públicos durante três dias — a partir de terça-feira — como sinal de luto pela morte do Papa, segundo a agência de notícias oficial da Jordânia, Petra.
O Rei Mohammed VI de Marrocos enalteceu, por sua vez, o trabalho do Papa pela “consagração dos valores da paz, do diálogo, da tolerância e da coexistência entre as religiões monoteístas”.
O Papa Francisco morreu hoje aos 88 anos, vítima de um acidente vascular cerebral (AVC), após 12 anos de pontificado.
Nascido em Buenos Aires, a 17 de dezembro de 1936, Francisco foi o primeiro jesuíta e primeiro latino-americano a chegar à liderança da Igreja Católica.
A sua última aparição pública foi no Domingo de Páscoa, no Vaticano, na véspera de morrer.
Francisco esteve internado durante 38 dias devido a uma pneumonia bilateral, tendo tido alta em 23 de março.
Portugal decretou três dias de luto nacional.