Na primeira sessão, que decorreu esta manhã, cinco dos arguidos quiseram prestar depoimento, tendo confessado total ou parcialmente os factos, sendo que arguíram não se lembrar de muitos dos factos que lhes são imputados pela acusação.
Segundo acredita o Ministério Público (MP), os arguidos “sozinhos ou em comunhão de esforços” , efetuaram, nos anos de 2022 e 2023, em Vila Nova de Gaia e no Porto, “mais de 10” roubos qualificados, entre os quais o roubo de uma garrafa de whisky num supermercado, durante o qual terão agredido e ameaçado um segurança, e várias abordagem violentas em paragens do metro, quando, com recurso a ameaça de uso de uma arma branca, obrigaram várias vítimas a fornecer os códigos de cartões bancários com os quais levantaram várias quantias de dinheiro.
Os cinco arguidos que quiseram prestar declarações confessaram “alguns dos factos”, nomeadamente o levantamento de quantias de dinheiro, roubo de telemóveis e auriculares, tendo dois deles negado ter ameaçado alguém.
“Fui mal-educado, falei alto e disse coisas que não devia, mas não ameacei ninguém”, afirmou um dos arguidos.
Outro dos arguidos admitiu ter roubado uma garrafa de whisky num supermercado: “Sim, fiz, estava completamente bêbado. Foi uma altura má da minha vida”, disse, negando, no entanto, ter agredido o segurança que o travou à saída do local.
Os cinco mostraram-se arrependidos, pediram desculpa pelos factos que admitiram e mostraram vontade de ressarcir as vítimas: “Estou arrependido e envergonhado. Foi uma fase má da minha vida, andava nas drogas. Mas hoje já não consumo e quero corrigir a minha diva”; declarou um deles.
Dos nove arguidos em julgamento, quatro estão detidos, quatro respondem em prisão preventiva e outro está com apresentações periódicas como medida de coação.
O julgamento continua dia 18.