Medina acusa Miranda Sarmento de “inaptidão técnica” ou “falsidade”

Antigo ministro responde assim às acusações feitas esta quinta-feira por Joaquim Miranda Sarmento e garante que o país "não tem nenhum problema de natureza orçamental". Medina vê duas explicações para acusações do Governo: fruto de "inaptidão técnica" ou de "adoção de falsidade política".
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O antigo ministro das Finanças Fernando Medina respondeu, esta quinta-feira, às acusações do atual responsável pela pasta das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, acusando-o de “impreparação” e assegura que o país “não tem nenhum problema de natureza orçamental”. Medina vê duas explicações para acusações do Governo: fruto de “inaptidão técnica” ou de “adoção de falsidade política”.

“Reajo com profunda preocupação às declarações do Ministério das Finanças“, disse Fernando Medina, em declarações aos jornalistas no Parlamento, acusando o atual Executivo de “impreparação”.

O antigo governante diz que Miranda Sarmento usa “falsidade” ao “comparar e usar os dados em contabilidade pública para daí aferir que o país tem um problema de natureza orçamental“.

“E não tem. O país não tem nenhum problema de natureza orçamental“, garantiu Fernando Medina, acrescentando que se trata de um “momento lamentável”, que é fruto de “inaptidão técnica” ou de “adoção de falsidade política”.

O ministro das Finanças estimou hoje em cerca de 600 milhões de euros o défice registado até ao final do primeiro trimestre deste ano e acusou o anterior Governo de ter aumentado despesa já depois das últimas eleições legislativas.

“A situação orçamental é bastante pior do que o anterior Governo tinha anunciado“, declarou Joaquim Miranda Sarmento no final da reunião do Conselho de Ministros, dizendo que aos 300 milhões de euros de défice registados na última síntese de execução orçamental de março importa somar mais outros 300 milhões de euros em resultado do aumento das dívidas a fornecedores.

De acordo com o titular da pasta das Finanças, alguns dos aumentos de despesa verificados foram feitos já depois das eleições legislativas antecipadas de 10 de março passado.

Logo na sua intervenção inicial, o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, afirmou que, no plano orçamental, foram detetados pelo atual executivo “um conjunto de situações preocupantes, que o dever de transparência exige-se que sejam partilhadas com os portugueses”.

O ministro de Estado e das Finanças apontou a seguir que o anterior Governo socialista passou a ideia de que as contas públicas “estavam bastante bem, mas não é essa a realidade”.

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