Uma equipa do Destacamento de Mergulhadores Sapadores da Marinha Portuguesa inativou, entre quarta e quinta-feira, “dois engenhos do tipo fumígeno”, em duas praias de Grândola, no distrito de Setúbal.
Em comunicado, enviado esta sexta-feira às redações, a Marinha explicou que “terão sido arrastados pelo mar e encontrados na Praia da Malha Costa e da Comporta, em Grândola”.
A primeira inativação ocorreu pelas 21h00 de quarta-feira, 6 de agosto, ao passo que a segunda foi feita pelas 22h00 de quinta-feira.
As operações foram realizadas em coordenação com a Capitania do Porto de Setúbal e contou com o apoio da Polícia Marítima e dos Bombeiros Voluntários de Grândola.
Na nota, a Marinha reforçou a “importância de não manusear ou remover engenhos explosivos ou objetos suspeitos”.
Caso detete algum engenho explosivo, deverá contactar “imediatamente as autoridades locais” e manter “uma distância segura, ajudando assim a garantir a segurança de todos”.
Esta é a segunda vez que a Marinha inativa um engenho explosivo na Praia da Comporta só esta semana. Na segunda-feira, 4 de agosto, a equipa de prontidão de inativação de engenhos explosivos procedeu à “neutralização de um engenho explosivo do tipo fumígeno”, em articulação com a Capitania do Porto de Setúbal e o apoio da Polícia Marítima e dos Bombeiros Voluntários de Grândola.
“O engenho foi identificado e neutralizado em segurança pelas 17h00, não se registando qualquer incidente”, indicou a Marinha Portuguesa, na terça-feira.
Já há cerca de um mês e meio, a 20 de junho, a Marinha tinha indicado que inativou um engenho explosivo na praia do Penedo, em Sesimbra. Em comunicado enviado às redações, aquela autoridade explicou que o alerta foi dado por elementos do projeto SeaWatch.
Dois dias antes, a 18 de junho, a Marinha Portuguesa tinha desativado um engenho explosivo na Praia das Bicas, também em Sesimbra.
Na altura, a Marinha informou que este tipo de engenhos explosivos são encontrados com “alguma frequência” na costa nacional e requerem “precauções” no manuseamento, uma vez que podem ser “extremamente perigosos”.
Contactado hoje pela agência Lusa, o capitão do Porto de Setúbal e comandante local da Polícia Marítima, Marco Serrano Augusto, explicou que a inativação dos três engenhos foi feita “através de explosões controladas no local” e reforçou que “tudo decorreu sem incidentes e em segurança”.
Segundo o responsável, trata-se de um tipo de engenhos de fósforo que “servem para fazer a sinalização de operações na água” e que podem vir a arrojar à costa naquela zona, ou seja a aparecer nos areais por causa das marés, devido aos “exercícios que ali se fazem de cariz militar”.
“Contendo fósforo, têm um cariz explosivo e têm que ser denotados”, referiu Serrano Augusto.
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