Israel: Hezbollah reivindica ataque com ‘drones’ em dia de fogo cruzado

O movimento xiita libanês Hezbollah assumiu a responsabilidade por um ataque simultâneo com três 'drones' contra alvos militares no norte de Israel, uma das várias ações realizadas hoje ao longo da fronteira entre os dois países.
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Os ‘drones’ atacaram a base Yiftah Kadish e um ponto de concentração recentemente estabelecido na área de Hatzor HaGlilit, ambos alvos localizados em áreas em mãos israelitas disputadas pelo Líbano, destacou o movimento xiita, em comunicado.

O envio de três ‘drones’ simultâneos para o outro lado da fronteira representa um novo patamar na escalada em que as partes estão envolvidas desde 08 de outubro e que se tem intensificado ao longo das semanas, quer na frequência, como na utilização de armas ou do raio geográfico.

O Hezbollah também assumiu hoje a responsabilidade por quatro lançamentos de mísseis contra diferentes grupos de soldados israelitas no norte do país, bem como por outro ataque a um posto militar para o qual utilizou “armas apropriadas”, sem especificar quais, de acordo com vários comunicados divulgados pelo grupo.

Perante um novo aumento da violência, a formação também anunciou hoje a morte de sete dos seus membros devido ao fogo cruzado, elevando o número total de vítimas registadas nas suas fileiras durante o último mês para pelo menos 71.

Por sua vez, Israel também atacou hoje vários pontos do sul do Líbano com artilharia e drones, conforme confirmado pela Agência Nacional de Notícias libanesa (ANN).

Um destes projéteis atingiu o Hospital Mays al Jabal, causando ferimentos a um profissional de saúde e danos materiais ao serviço de urgência, embora não tenha explodido, segundo o Ministério da Saúde libanês.

A escalada de violência surgiu depois do dia 07 de outubro e do atentado do Hamas ao território israelita, de uma dimensão e violência nunca vistas desde a criação de Israel em 1948.

Cerca de 1.200 pessoas, maioritariamente civis, foram mortas em Israel desde o início da guerra desencadeada por um ataque violento sem precedentes do Hamas – considerado uma organização terrorista pela União Europeia, Estados Unidos e Israel – em solo israelita em 07 de outubro, segundo as autoridades israelitas.

As represálias de Israel, que afirma querer aniquilar o Hamas, causaram mais de 11 mil mortos, sobretudo civis, na Faixa de Gaza, segundo o movimento islamista.

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