O primeiro-ministro Luís Montenegro, assim como o Presidente da República, visitam esta terça-feira, 30 de setembro, as zonas afetadas pelos incêndios florestais que ocorreram há duas semanas no Norte e Centro do país e que fizeram nove vítimas mortais, assim como deixaram mais de 50 pessoas feridas e várias dezenas de desalojados.
Aos jornalistas, Luís Montenegro, que se encontra em Zimão, Vila Pouca de Aguiar, começou por anunciar que o processo de recuperação dos danos provocados pelas chamas já está em andamento.
“Nós fomos capazes de ir para o terreno ainda estavam os incêndios a decorrer […]. Interviemos num primeiro momento junto dos autarcas e já tomamos decisões. Já temos 100 milhões de euros disponíveis para iniciar o processo de recuperação. Temos um acordo com a Comissão Europeia para a utilização até 500 milhões de euros de fundos de coesão“, garantiu.
As prioridades, segundo o primeiro-ministro, são “as pessoas, as suas condições de vida mais essenciais e básica e depois todo o tecido económico”.
“Estamos a utilizar todos os instrumentos que é possível utilizar com um carácter de excecionalidade fase à dimensão da tragédia”, acrescentou, recordando que o Executivo vai assegurar “a 100% o financiamento das habitações destruídas até 150 mil euros e 85% a partir disso”.
Questionado sobre as medidas que devem ser tomadas a montante para evitar os incêndios florestais, o Chefe do Governo disse que terá todo “gosto em explanar o pensamento do Governo” e de si próprio. Porém, lembra que houve muitas oportunidades de falar sobre este tema e que o fizeram “muitas vezes, só que nestas ocasiões, infelizmente, os holofotes mediáticos viraram-se para questões diferentes”.
Apesar disso, adiantou que “temos uma política florestal para implementar e temos uma política de estímulo à agricultura, que está hoje em curso, uma pedra angular do programa do Governo que estamos a desenvolver”.