Festa no Brasil acaba em naufrágio. Jovens sobreviveram sem saber nadar

Duas pessoas estão desaparecidas.
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Duas sobreviventes de um naufrágio ocorrido, no domingo, na Garganta do Diabo, em São Vicente, no litoral de São Paulo, contaram como se conseguiram salvar agarrando-se a pedras.

As vítimas estavam numa festa de aniversário, dentro de uma lancha, mas sofreram o acidente quando regressavam a terra num barco menor. A embarcação tinha sete pessoas a bordo e afundou.

Cinco vítimas – três mulheres e dois homens – foram resgatadas, mas outras duas – mulheres – estão desaparecidas.

Ao G1, Camila Alves, de 20 anos, e Vanessa Audrey, de 35, contaram  que o grupo passou o dia na festa e, ao final da tarde, dividiram-se em dois barcos mais pequenos para regressar a terra. Num deles, ficou Camila, Vanessa e a amiga Beatriz, de 27 anos, que é uma das desaparecidas.

O barco onde estava o aniversariante seguiu à frente, mas o das jovens acabou por ser atingido por uma grande onda durante o trajeto para São Vicente.

“A gente tentou subir no barco, só que ele afundou. Aí, um menino conseguiu espalhar coletes e galões de gasolina”, disse Camila, citada pelo site brasileiro, acrescentando que, juntamente com o homem que conduzia o barco, se agarrou a um colete.

Juntos, acabaram por ser levados pela corrente para uma zona de pedras.

“A gente via que não ia aguentar por muito tempo, bater o pé e engolir muita água. A nossa solução foi se jogar nas pedras para tentar se agarrar e se salvar”, lembrou.

Vanessa, que se agarrou a um colete com uma jovem que não conhecia, explicou que, naquele momento, o objetivo era salvar-se. “Todo mundo subiu em cima do barco desesperado, só tinha três coletes e dois galões”, disse.

Assim como Camila, Vanessa também foi puxada para perto das pedras, abaixo da Ilha Porchat. Ao avistar pessoas, gritou por socorro enquanto se segurava nas rochas.

“Chegou um momento na água que ninguém conseguia ver ninguém. Estava lutando pela vida”, disse. Um homem conseguiu ver Vanessa e acionou o resgate.

“A gente nasceu de novo. Quase morreu. Não sabia nadar”, disse Camila.

Além de Beatriz, também Aline, de 37 anos, está desaparecida. As buscas continuam.

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