Esta projeção, que faz parte do relatório de investigação de expectativas do mercado, corresponde à análise dos últimos dias de maio de 2023 e inclui as previsões de 38 participantes.
A projeção privada sobre a evolução dos preços ao consumidor para 2024, por outro lado, caiu 1,8 pontos percentuais em relação à sondagem do mês anterior, recuando para 105,7%.
Segundo este relatório, o índice de preços ao consumidor subiu 9% em maio em relação a abril, enquanto a inflação mensal estimada para junho é de 8%.
Os dados oficiais de inflação de maio serão divulgados em 14 de junho, noticiou a agência Efe.
Segundo os últimos dados oficiais, a Argentina registou em abril uma inflação homóloga de 108,8%, com um índice de preços ao consumidor que acumula uma subida de 32% nos primeiros quatro meses de 2023.
Relativamente à evolução da atividade económica, os analistas consultados pelo banco central preveem que este ano o Produto Interno Bruto (PIB) da Argentina se contraia 3%, face ao crescimento de 5,2% registado em 2022, segundo dados oficiais.
Da mesma forma, os especialistas projetam que o PIB recue mais 0,3% em 2024 e cresça 2,7% em 2025.
No final de maio, o banco central da Argentina colocou em circulação a nova nota de 2.000 pesos (cerca de 7,5 euros, ao câmbio atual), com curso legal, pretendendo responder à inflação próxima dos 100% no último ano.
A nota, com os retratos dos médicos Cecilia Grierson, Ramón Carillo e Carlos G. Malbrán, homenageia a ciência e a saúde pública e surge em resposta à necessidade de aumentar o valor nominal do papel-moeda do país face à inflação superior a 100%.
Desde 2017 que a Argentina tem registado aumentos elevados da sua taxa de inflação, motivados pelas flutuações cambiais pela emissão monetária para financiar o tesouro.