Está a chegar a época favorita dos nossos compatriotas

“É fácil tirar um português de Portugal, difícil é tirar Portugal dum português”
Fotografia via jornal Minho

Milhares de portugueses residentes no estrangeiro anseiam pelas férias de verão para regressarem ao seu país e reverem a família e amigos. Ao longo do mês de julho já vão chegando, mas é sobretudo em agosto que a maioria decide vir. Os dias, as semanas, os meses são passados a pensar na hora em que vão regressar a Portugal, mesmo sendo por pouco tempo. De malas feitas partem de imediato para uma longa viagem, seja de avião ou de carro. É a altura mais emotiva e feliz para quem está há tanto tempo sem ver e sentir o abraço e carinho dos seus. Saudade é a palavra que marca estes emigrantes e a única que não pode ser traduzida para outras línguas. É algo tão português como o vinho do porto ou o chouriço. Durante muitos anos foram os pais a trabalhar no estrangeiro, agora muitos desses pais esperam ansiosamente pelos filhos que, por necessidade ou opção própria decidiram também emigrar. Atualmente são poucas as pessoas que não têm um familiar ou amigo emigrante. No momento do reencontro os corações apertados libertam-se em beijos e abraços demorados, contam-se as novidades entre quem já não se vê há muito tempo, pelo menos fisicamente, já que hoje a comunicação é facilitada através das redes socias. Com eles trazem alegria, energia e histórias para contar. Enchem os cafés, os restaurantes, as praias e as casas. Trazem vida às aldeias que durante todo o ano estão desertas e anseiam pela sua chegada. Multiplicam-se as mesas, fazem-se churrascadas e bebem-se os finos que muitas vezes “jorram” no baralho de cartas. Passam noitadas que viram madrugadas nos bares da cidade e nas festas populares. Durante semanas sentem-se verdadeiramente em casa, livres de horários, de trabalho, da rotina exaustiva e do clima frio. É cá que recarregam as suas energias. Devemos todos recebê-los de braços abertos, pela força que representam fora das nossas fronteiras, pelo bom nome que dão a Portugal, pela sua capacidade de adaptação, por dinamizarem o turismo e a economia ao contribuírem para o seu país de origem, seja pelos investimentos que fazem ou no período de férias. A chegada dos emigrantes é muitas vezes a tábua de salvação para as regiões do interior de Portugal e a esperança de combater o despovoamento. É importante relembrar que somos todos portugueses, onde quer que estejamos e que, não deve haver uma separação entre “os de lá e os de cá”. Não devemos fazê-los sentirem-se estrangeiros no seu próprio país. Costuma-se dizer: “é fácil tirar um português de Portugal, difícil é tirar Portugal dum português”. O país de cada um, independentemente dos problemas que possa ter, é sempre o melhor do mundo. É o nosso, é aquele que conhecemos melhor, em que falamos a mesma língua, o que está sempre no coração.

Mariana Neto – Licenciada em Comunicação Social – Comunidade Lusa

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