Foi preciso esperar, mas houve sorrisos nacionais este domingo no Estádio da Luz. Um golo de Cristiano Ronaldo, que atuou numa surpreendente condição de suplente utilizado, deu a Portugal uma vitória sofrida (2-1) na receção à Escócia, um resultado que deixa a seleção nacional isolada no comando do grupo A1 da Liga das Nações.
Na véspera deste encontro na capital lisboeta, foi a Escócia que se atrasou a chegar a Portugal, mas no dia de jogo foi mesmo a equipa nacional a tardar para conquistar os três pontos.
Depois de ter vencido a Croácia, por 2-1, na primeira jornada, a seleção nacional voltou ao Estádio da Luz, mas as bancadas do recinto ‘gelaram’ à passagem do minuto sete, quando Scott McTominay colocou a Escócia em vantagem.
Mas a história acabou por ganhar novas cores na segunda parte. O aniversariante Bruno Fernandes empatou para Portugal aos 54 minutos, com um golaço de fora da área, antes de Cristiano Ronaldo ‘vestir’ a pele de salvador da equipa das quinas. O capitão da seleção acabou por ser determinante ao completar a remontada lusa em cima dos 88 minutos, depois de ter sido lançado no arranque da segunda parte.
Tardou, mas Cristiano Ronaldo acabou por aparecer em campo para colocar mais justiça no resultado final. Ainda assim, a Escócia deu luta e complicou muito a vida à seleção lusa, que segue de vento em popa nesta fase de grupos da Liga das Nações.
Mas vamos às notas desta partida:
Figura
Aos 39 anos, Cristiano Ronaldo continua a provar que é essencial nesta seleção. Entrou ao intervalo e trouxe desde logo outra dinâmica ao ataque de Portugal. Acreditou sempre na reviravolta na Luz e esse sentimento perpassou para os companheiros de equipa. Em cima do minuto 90 fez ‘explodir’ as bancadas com o golo.
Surpresa
Rafael Leão foi o motor do ataque da seleção nacional na primeira parte. Foi a figura das cores nacionais, colocando Angus Gunn à prova por diversas ocasiões.
Desilusão
Rafael Leão foi uma autêntica dor de cabeça para Anthony Ralston ao longo de toda a partida. Cedo demonstrou grandes dificuldades para combater a velocidade do avançado do AC Milan.
Treinadores
Roberto Martínez:
Decidiu operar uma mini-revolução na equipa inicial, e quase passava por um susto. No decorrer da primeira parte, o ataque da seleção nacional socorreu-se de muito remates de longa distância, o que denota falta de critério ofensivo. A linha defensiva também não esteve à altura do lance do golo escocês. Ainda assim, as individualidades acabaram por sobressair e dar os três pontos a Portugal.
Steve Clarke:
A Escócia deu água pela barba a Portugal. Deu luta às cores nacionais e podia ter saído de Lisboa com outro resultado que não a derrota. A reação ao golo do empate foi muito positiva e podiam mesmo ter marcado novo remate certeiro a Diogo Costa.
Arbitragem
Trabalho irrepreensível da equipa de arbitragem liderada por Maurizio Mariani.