A mesma fonte adiantou que as autoridades estão a realizar esta operação com cautela dado o risco de fuga dos suspeitos.
Fontes oficiais da diplomacia argentina confirmaram à agência noticiosa espanhola Efe o pedido de extradição por parte das autoridades brasileiras.
Porta-vozes do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Argentina disseram que na noite de quarta-feira chegaram os pedidos de extradição, que estão agora sob “consideração das áreas técnicas”.
Os pedidos de extradição estão a ser analisados pelo Departamento de Assuntos Jurídicos do Ministério dos Negócios Estrangeiros argentino.
Os cidadãos brasileiros que entraram na Argentina fazem parte de um grupo de 208 pessoas processadas, e em alguns casos acusadas, pelos ataques violentos contra a sede da Presidência, o Parlamento e o Supremo Tribunal de Justiça em janeiro de 2023, por apoiantes do ex-Presidente Jair Bolsonaro.
Em junho, o Governo da Argentina negou ter um pacto de imunidade com o ex-Presidente brasileiro Jair Bolsonaro (2019-2022) para oferecer asilo político aos seus seguidores arguidos.
Nas presidenciais de 2022, Lula da Silva venceu Bolsonaro, que se recusou a reconhecer a derrota, o que levou os seus seguidores a montarem acampamentos em frente a bases militares para protestar contra o resultado das presidenciais e para exigirem uma intervenção militar.
Oito dias após a posse de Lula da Silva, milhares de ‘bolsonaristas’ saíram do acampamento em frente ao quartel-general do Exército em Brasília para atacar as sedes dos três poderes na tentativa de forçar um golpe contra o Governo recém-instalado.
A polícia brasileira, o Ministério Público e o Supremo Tribunal Federal avançaram em investigações e punição aos executores desses atos. Mais de 1.200 pessoas foram presas e acusadas, das quais 227 já foram condenadas a penas de até 17 anos de prisão.
As autoridades brasileiras ainda não chegaram a uma conclusão sobre a participação ou não do ex-presidente Bolsonaro na instigação desses atos nem sobre o papel dos financiadores, de funcionários públicos, incluindo militares, e de outras autoridades suspeitas de omissão ou de facilitação.