“De acordo com os primeiros resultados da investigação, não há provas concretas de que o suspeito soubesse, no momento do ataque, que a vítima era membro da AfD”, declarou a polícia num comunicado.
O candidato, que ocupa o terceiro lugar na lista do partido Alternativa para a Alemanha (AfD) para as eleições municipais de Mannheim (oeste), não corre perigo de vida, segundo a polícia, citada pela agência francesa AFP.
O suspeito, de 25 anos, destruiu vários cartazes eleitorais na terça-feira à noite antes de ser perseguido e apanhado por um membro da AfD, que feriu com um x-ato.
Fugiu em seguida e foi detido pelos agentes policiais sem oferecer qualquer resistência, tendo sido depois enviado para um hospital psiquiátrico, disse a polícia.
A AfD condenou a agressão, que ocorreu cinco dias depois de um ataque com faca na mesma cidade durante uma manifestação anti-islâmica, em que morreu um polícia de 29 anos e cinco pessoas ficaram feridas.
Entre os feridos encontrava-se Michael Sturzenberger, membro do Movimento Pax Europa (BPE) e um conhecido ativista anti-islâmico na Alemanha, com ligações estreitas à extrema-direita.
Este incidente reacendeu as preocupações sobre o uso crescente da violência no debate político num país que até agora era conhecido pela cultura de compromisso e pelo sentido de moderação nos debates.
No início de maio, a Alemanha foi abalada pelo ataque a um eurodeputado do Partido Social-Democrata (SPD), que ficou gravemente ferido enquanto afixava cartazes eleitorais em Dresden, na Saxónia, no leste do país, uma região onde a AfD é muito popular.
No sábado, Roderich Kiesewetter, 60 anos, deputado do partido conservador CDU, ficou ligeiramente ferido depois de ter sido empurrado e atropelado por um homem enquanto fazia campanha em Aalen, no sul da Alemanha, para as eleições europeias, segundo a polícia.
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