Francisco J. Marques recorreu, este domingo, às redes sociais para apontar, uma vez mais, o dedo a André Villas-Boas, desta feita, pelo facto de o próprio ter depositado uma coroa de flores no centro do relvado do Estádio do Dragão, em homenagem ao antecessor, Jorge Nuno Pinto da Costa, no dia em que o FC Porto celebrou 132 anos de existência.
“No ano passado, estava vivo, era o presidente honorário e não foi convidado para o simbólico Hastear da Bandeira, ao mesmo tempo que tentavam denegrir ao máximo a grande presidência de Jorge Nuno Pinto da Costa, mas este ano, já após a sua morte, fazem homenagens. Isto só tem um nome, hipocrisia”, escreveu o antigo diretor de comunicação do emblema azul e branco.
Uma publicação que gerou uma ‘maré’ de respostas por parte dos seus seguidores. Alguns, questionaram se Pinto da Costa não teria, efetivamente, convidado para este evento, ao que respondeu, de forma perentória: “Não foi não, não se consegue reescrever a história por se repetir uma mentira muitas vezes. Confirmei com o próprio”.
“Aliás, a direção, quando confrontada com isso, tentou safar-se, dizendo que tinha sido convidado e depois que estava convidado por inerência. De resto, em linha com as variadas coisas em que o que a direção diz não corresponde à verdade. Outras, que deveria dizer, está caladinha”, acrescentou.
Resposta aos “lambe botas”
Acusado de apenas aparecer “para dizer mal”, Francisco J. Marques sublinhou, de resto, que apenas emitiu versões “factuais e indesmentíveis” do sucedido, e não escondeu a estranheza para com as reações que as suas palavras espoletaram: “Parece cartilha, mas eu vou fingir que é só coincidência”.
“Elogiei as contratações. E da mesma maneira que critiquei, na época passada, AVB pelas péssimas decisões desportivas, este ano, elogiei, porque, como máximo responsável, merece ser elogiado pelos reforços que trouxe para o plantel. E é assim que deve ser, quando faz bem elogia-se, quando faz mal critica-se. Claro que, depois, há os lambe botas que conseguem elogiar sempre, quando faz bem e quando faz mal”, atirou.
“O Eterno Presidente que fez do FC Porto uma potência global”
Esta ‘troca de galhardetes’ surge, de resto, depois de, na véspera, André Villas-Boas ter recordado Jorge Nuno Pinto da Costa, não só na celebração dos 132 anos do FC Porto, como também na cerimónia de entrega das Rosetas de Diamante, que decorreu na Tribuna VIP do Estádio de Alvalade.
“O FC Porto é uma afirmação viva de identidade, vontade e pertença. Somos Porto em qualquer parte do mundo. Hoje, recordamos com saudade e gratidão figuras que marcaram o caminho do nosso clube. Jorge Nuno Pinto da Costa, o Eterno Presidente que fez do FC Porto uma potência global. Jorge Costa, símbolo de garra e vontade que personifica a essência do ser Dragão”, afirmou.
“Juntam-se a eles nomes como José Maria Pedroto, Artur Jorge, Fernando Gomes, Lima Pereira, Rui Filipe, Pavão, Alfredo Quintana, Cesário Bonito e, claro, os nossos fundadores Monteiro da Costa, Nicolau de Almeida e tantos outros presidentes, dirigentes e atletas, muitos deles aqui presentes, que pelo exemplo e pela devolução a este clube são referências de portismo. A sua memória vive nos nossos feitos e conquistas e motiva o nosso caminho rumo a um futuro de glória”, concluiu.
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