![criança](https://comunidadelusa.ch/wp-content/uploads/2024/06/crianca-1.jpg.pagespeed.ce.oeH3Ixt0x_.jpg)
Desde que foi entregue aos cuidados do tio paterno, com apenas sete anos, a menina foi sujeita aos mais bárbaros ataques sexuais, que lhe deixaram marcas físicas. O predador, de 42 anos, violou a criança na casa onde vivia com a família, em Felgueiras. Ameaçava-a para que nada contasse. O homem, que esteve sempre em liberdade, vai ser julgado por 360 crimes de violação agravada.
Os ataques sexuais começaram em 2018, quando a criança foi entregue pela Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Felgueiras aos cuidados do tio e da companheira. Na casa onde passou a viver com os familiares, viveu momentos de verdadeiro terror.
Segundo a acusação do Ministério Público (MP) de Felgueiras, a menor era abusada de segunda a sexta-feira, quase todos os dias. Antes de sair para o trabalho, e aproveitando-se do facto de a companheira e restante família ainda dormirem, o predador levava a cabo os ataques. “O arguido dirigia-se ao quarto onde dormia a vítima, tocava-lhe no corpo e tirava-lhe a roupa.” Seguiam-se depois os mais violentos ataques, “consoante os seus desejos sexuais, mediante o uso da força física”, relata a acusação, pormenorizando os atos.
Após o primeiro ataque, refere o MP, o arguido ordenou à criança que nada relatasse, “acrescentando que se contasse a alguém iria sofrer as consequências”.
LIBERDADE ARGUIDO SUJEITO A TIR
Apesar de ter acusado o arguido de 360 crimes de violação agravada, o MP entendeu não ser necessária a alteração da medida de coação de termo de identidade e residência (TIR). O predador vai continuar em liberdade.
DEPOIMENTO MENINA JÁ FALOU
Após ter tido a coragem para denunciar o caso, a menina deixou de ter contacto com o tio agressor. Para evitar reencontrar o predador em julgamento, a criança prestou declarações para memória futura perante um juiz.