• Setembro 13, 2025
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Tempestade na ilha de São Vicente provoca aumento anormal de mosquitos

Após a tempestade [11 de agosto], houve acumulação de água em praticamente todas as localidades da ilha, devido à chuva intensa, esgotos a céu aberto e ao rompimento de vários tubos de água, o que trouxe um aumento anormal de mosquitos”, disse à Lusa Elísio Silva.

O delegado de Saúde referiu que, há cerca de 15 dias, foi realizado um estudo em parceria com um especialista da Organização Mundial da Saúde (OMS), que confirmou a presença de mosquitos transmissores de doenças como paludismo, dengue, zika e chicungunya, entre outras doenças.

Segundo o responsável, em São Vicente não há registo de casos autóctones de paludismo há mais de 50 anos, mas continuam a surgir casos importados, sobretudo de viajantes provenientes da costa ocidental africana.

“No ano passado, tivemos 10 casos importados”, precisou.

Para responder à proliferação de mosquitos, a Delegacia de Saúde reforçou as equipas. “Contratámos 20 agentes de luta anti-vetorial e formámos mais de 45 para apoiar na sensibilização da população, no reconhecimento e eliminação de criadouros em praticamente todas as localidades”, explicou.

Elísio Silva sublinhou que este ano ainda não foram detetados casos de dengue ou paludismo na ilha.

“Temos equipas a fazer despistes em várias localidades mais afetadas e todos os testes têm dado negativo. Mas não podemos baixar os braços: é preciso eliminar os mosquitos para evitar doenças”, alertou.

Na semana passada, o especialista da OMS Jude Bigoga advertiu, em São Vicente, que apesar dos esforços do Governo no combate às doenças transmitidas por vetores, a população ainda desconhece todas as medidas de prevenção.

O especialista tem apoiado as autoridades sanitárias na formação de agentes anti-vetoriais, profissionais de saúde e voluntários.

Também a presidente do Instituto Nacional de Saúde Pública (INSP) alertou para os riscos sanitários na ilha e pediu mais apoios externos, enquanto a nova representante da OMS em Cabo Verde garantiu ajuda de urgência, incluindo o envio de medicamentos, antecipando possíveis surtos pós-tempestade.

Moradores de São Vicente manifestaram receio de contrair doenças devido à acumulação de lixo e água nas ruas.

As cheias de 11 de agosto inundaram bairros, destruíram estradas, pontes e estabelecimentos comerciais, afetaram o abastecimento de energia e provocaram nove mortos, havendo ainda duas pessoas desaparecidas.

O Governo declarou situação de calamidade por seis meses em São Vicente, Porto Novo (Santo Antão) e nos dois concelhos de São Nicolau, aprovando um plano de resposta com apoios de emergência às famílias e atividades económicas, através de linhas de crédito bonificado e verbas a fundo perdido, financiadas pelo Fundo Nacional de Emergência e pelo Fundo Soberano de Emergência.

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