• Abril 19, 2025
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Silvio (e os outros)

Foi dos primeiros a chegar, não se sabe como. Da moldura de um quadro pendia um pedaço da orelha do marquês, projectado com violência. A marquesa fora baleada três vezes, uma das quais no peito opulento, por onde escorria um líquido viscoso cuja aparência láctea intrigou a polícia. À época ainda não era comum o uso do silicone e só os muito ricos, como ela, faziam cirurgias plásticas para incrementar os seios. A um canto afastado do salão vastíssimo, o corpo contorcido de um jovem, caído de bruços atrás da mesinha com que tentara proteger-se dos primeiros tiros. Nas buscas da praxe, o comissário da Secção de Homicídios descobriu, numa escrivaninha, um álbum bizarro, encadernado a pele verde, onde o marquês anotava à minúcia, numa caligrafia elegante, centenas de encontros sexuais da sua mulher com outros homens. E muitas fotografias da marquesa nua, em poses obscenas, que, não se sabe como, seriam passadas à imprensa, enchendo durante meses as páginas dos jornais de escândalos e das revistas pornográficas. O advogado foi dos primeiros a chegar, não se sabe como. Acompanhou a polícia quando esta subiu a escadaria da sumptuosa residência do marquês Casati Stampa di Soncino, n.º 9 da via Puccini, Roma, pouco passava das dez da noite daquele domingo cinzento, 30 de Agosto de 1970.

A mulher caída sobre uma poltrona, de olhos bem abertos de incredulidade, era Anna Fallarino, tornada por casamento marquesa de Casati Stampa. Nascera há quarenta e um anos numa terriola da Campânia, as origens modestas. De invulgar beleza e ardentes formas, saíra de casa de seus pais muito nova, rumo a Roma. Nos amargos tempos do pós-guerra, e para uma rapariga educada na leitura de fotonovelas e romances cor-de-rosa, o sonho de uma vida melhor passava, acima de tudo, por encontrar um “bom partido” e casar-se com ele. Hospedada em casa de um tio, Anna namorou castamente, durante três anos, o filho de um açougueiro especializado em carne de caça, fez-se caixeira de uma loja de roupas, desfilou esporadicamente como modelo. Em 1950, teve uma fugacíssima aparição de 29 segundos num filme de Totò, Tototarzan, mas na ficha técnica o grande destaque foi para outra jovem de invulgar beleza, com o nome artístico Sofia Lazzaro, mais tarde Sofia Loren. Se o mundo do cinema não lhe abriu as portas, nesse ano de 1950 a vida de Anna Fallarino começou a mudar. Conhece Giuseppe Drommi, a quem chamavam Peppino, um jovem industrial de 28 anos, filho de uma abastada família romana. O casamento dura uma década de dolce vita, sem amor, nem filhos. Numa festa de arromba em Cannes, Anna é cortejada por um dos maiores playboys do seu tempo, Porfirio Rubirosa, e a noite acaba numa cena de pugilato. Ajudando aos murros o seu amigo Peppino, e enfurecido pelos avanços do sedutor lendário, encontrava-se o descendente de uma das mais antigas e mais ricas famílias italianas, Camillo Casati Stampa di Soncino, conhecido por “Camillino”. Poucos meses depois, Camillino inicia junto da Santa Rota os procedimentos para anulação do seu primeiro casamento com uma antiga bailarina napolitana, que reclama uma soma astronómica e lhe impõe a singular exigência de um dia ser sepultada no histórico mausoléu da família Casati. “Nasci entre os pobres, quero acabar debaixo de terra entre os ricos”, terá dito a ex-marquesa. Anna e Camillo casam-se civilmente na Suíça, em 1959, e o matrimónio religioso tem lugar dois anos depois.

Logo na noite de núpcias, o marquês revela as suas inclinações, muito peculiares. Convida um camareiro do hotel a entrar no quarto de banho da mulher, paga-lhe para ter sexo com ela, na sua presença. Durante onze anos de casamento, será sempre assim. Operários, soldados, banheiros de praia, criados de mesa, acumulam-se às centenas os encontros carnais e fortuitos, que Camillo descreve à minúcia no álbum verde, onde também arquiva fotografias bem explícitas, muitas. Além da caça e das palavras cruzadas, não se lhe conheciam outros interesses. Irascível e colérico, Camillino era famoso por humilhar e agredir os empregados das suas inúmeras propriedades, entre as quais a deslumbrante Villa San Martino, em Arcore, construída no século XVIII pela família Casati sobre as ruínas de um antigo mosteiro beneditino; ou a Ilha de Zannone, no mar Tirreno, onde o marquês afugentava a tiros de caçadeira os mareantes que ousavam aproximar-se da praia em que ele, a mulher e os seus convidados se entregavam ao nudismo e, dizem, a inconfessáveis orgias.

Num dos encontros, Massimo Minoretti, um jovem de 25 anos e simpatias neofascistas, estudante boémio de Ciência Política, com um vasto currículo de conquistas femininas. Anna apaixona-se por ele, iniciam uma relação amorosa que deixa o marquês destroçado. Camillino pondera o divórcio, mas sente-se incapaz de viver sem ela, opta pelo suicídio. Também Anna sonha com outra vida, ao lado do amor de Massimo, mas é incapaz de se libertar do marido e daquela existência de depravação e de luxo. Numa tarde cinzenta de Agosto, Camillo regressa subitamente a Roma, vindo de uma batida de caça. Abre o armário das espingardas, escolhe uma Browning calibre 12, carrega-a com cartuchos para javali. Chama a mulher e o amante, mata-os a tiro, brutalmente. Depois suicida-se, disparando sobre a boca.

O caso apaixona a Itália dos Anos 70 e nas memórias da psiquiatra forense Mariateresa Fiumanó, prima de Anna, afirma-se que deu um impulso decisivo para a revolução de costumes naquele país. Muitos tentaram explicar o estranho casamento dos Casati, e o seu desenlace sangrento. Emilio Servadio, um dos pais da psicanálise italiana (e também parapsicólogo e maçon esotérico…), avançará a explicação óbvia de que todos os voyeurs e masoquistas têm uma imensa vontade de controlo e domínio, e que, ao apaixonar-se pelo jovem Massimo, Anna infringira as regras do jogo impostas pelo marido, nos termos das quais podia – e devia – ter sexo com outros homens, centenas deles, mas jamais amá-los. O jornalista e escritor Corrado Augias disse que algum prazer a marquesa terá tirado de tudo aquilo e também já se procurou atribuir o comportamento de Camillino a uma homossexualidade reprimida. Contudo, ninguém ousou uma explicação para outro comportamento doentio, tão grave como o do marquês, o voyeurismo de todos quantos, durante meses e anos a fio, acompanharam avidamente os pormenores escabrosos do caso na imprensa sensacionalista – e, já agora, o voyeurismo de quem escreveu estas linhas, ou de quem as lê.

O advogado foi dos primeiros a chegar, não se sabe como. O testamento do marquês fazia da mulher sua herdeira universal, mas as perícias demonstraram que Anna morrera primeiro, pelo que a colossal fortuna dos Casati passou para Annamaria, filha única de Camillo, fruto do primeiro casamento. O advogado oferece-lhe os seus préstimos. A tia de Annamaria pede ao tribunal para ser nomeada tutora da sobrinha menor, mas esta declara ao juiz, surpreendentemente, que quer ficar à guarda do senador Giorgio Bermasco, futuro ministro de Andreotti, e de Cesare Previti, o advogado que, não se sabe como, foi dos primeiros a chegar ao local do crime. A herdeira foge de Itália e do assédio dos paparazzi, casa-se com um conde de nome pomposo, fixa-se em Brasília. Na Primavera de 1974, o advogado telefona-lhe para Brasília informando-a de que, para pagar os direitos sucessórios, conseguira vender a um belíssimo preço a Villa San Martino, recheio incluído: uma biblioteca de mais de dez mil preciosos volumes, quadros dos séculos XV e XVI, mobiliário antigo. À distância, Annamaria não se apercebe de que o valor da compra, 500 milhões de liras, mal chegava para adquirir um bom apartamento no centro de Milão. Valor que, aliás, não será pago de imediato, mas em suaves prestações e, durante seis anos, Annamaria terá ainda de suportar as taxas de propriedade. O comprador instalara-se de imediato na Villa San Martino e no seu parque imenso, uma das mais belas residências de Itália, descrita na escritura de venda como “casa de habitação, com circundantes construções rurais e terrenos de uso diverso. Pouco depois, essa “casa de habitação”, pela qual o comprador pagou 500 milhões de liras, seria avaliada e dada como garantia de um empréstimo no valor de 7 biliões e 300 milhões de liras. O advogado Cesare Previti, que tratou do negócio, foi nomeado em 1994 ministro da Defesa de um governo chefiado pelo comprador e proprietário da Villa San Martino, que aí fez erigir um espaventoso mausoléu pessoal, com cem toneladas de travertino e um sarcófago em mármore rosa. O seu nome? Silvio Berlusconi, é óbvio.

Silvio

morreu há dias – e foi velado na Villa San Martino, a casa que comprou nas condições que atrás vimos. O féretro de Il Cavaliere saiu de lá, rumo à Catedral de Milão, onde se rezou missa pela sua alma em cerimónia imponente. Dentro do Duomo, mais de dois mil convidados, entre membros da família e altas figuras da sociedade e do Estado italianos. O funeral seria oficiado, segundo o rito ambrosiano, pelo arcebispo de Milão, Mario Delpini, que proferiu uma homilia sobre o sentido da existência humana – e terrena -, na qual aludiu a alguns passos da preenchida vida do falecido, os seus negócios, a sua passagem pela política, e depois concluiu dizendo: “É isto que podemos dizer sobre a vida de Silvio Berlusconi – “foi um homem que agora irá estar na presença de Deus””.

Até na morte foi controverso. Pese ter sido apreciada pela família, segundo parece, a homilia de Delpini gerou celeuma, com Il Fatto Quotidiano a assinalar que ela fora “gélida”, o Il Foglio a chamar-lhe “uma grande homilia”, o Corriere della Sera a enaltecer “um retrato perfeito, despojado de qualquer hipocrisia”, o Il Messagero a fazer notar que nela avultavam traços do pensamento teológico de Luigi Giussani, do Comunhão e Libertação.

Nada disso impediu, como é evidente, que uma multidão imensa tivesse feito questão de se despedir in loco daquele que foi, sem dúvida, o homem público mais marcante da Itália das últimas décadas. No caminho de ida e volta para San Martino, milhares de pessoas ao longo da estrada, e, na praça do Duomo de Milão, mais de 15 mil pessoas entoaram cânticos anticomunistas e C’é solo un presidente!. “Só existe um presidente” – ele, Berlusconi, único, irrepetível.

Os poderes do Estado, de seu lado, decretaram um dia de luto nacional, com bandeiras a meia-haste, e à missa milanesa, celebrada por um batalhão de padres (o citado Mario Delpini, arcebispo de Milão; Gianatonio Borgonovo, arcipreste da catedral; Francesco Pesce, capelão da Câmara dos Deputados; Emil Paul Schrring, núncio apostólico em Itália; Giandomenico Colombo, capelão privado da Villa San Martino), compareceram tutti quanti da actual política transalpina: o presidente Sergio Mattarella, a primeira-ministra Meloni, os vice-primeiros-ministros Salvini e Tajani, o presidente da Câmara dos Deputados, o presidente do Senado, a presidente do Tribunal Constitucional, quatro antigos primeiros-ministros (Mario Draghi, Paolo Gentiloni, Mario Monti, Matteo Renzi), 19 ministros e 2 secretários de Estado. Na impressionante lista dos convidados, Viktor Orbán, claro, diversos embaixadores, o presidente da FIFA, o inefável Infantino, os presidentes do Turim FC, da Juventus, do Inter de Milão, jogadores de futebol, outras celebridades. Tudo para homenagear a memória de Silvio Berlusconi, um homem que tem uma longa, longuíssima, entrada na Wikipédia (em língua inglesa), através da qual poderemos ter uma boa noção, pálida ainda assim, das marcas que foi deixando neste mundo que é o nosso: as primícias como cantor em cruzeiros, a entrada na televisão, em 1973, o imobiliário e a Fininvest, os triunfos na política, que usou e manipulou para se eximir aos mil e um processos judiciais de que foi alvo. Também as relações com a Líbia e com a Rússia, a paixão por Putin, muito correspondida, mas igualmente com Netanyahu e com Lukashenko (e com Bettino Craxi, não esqueçamos), o eurocepticismo, os choques e as picardias com Angela Merkel, as comparações com Trump. Falou um dia do “bronzeado” da pele de Barack Obama, era contra o acolhimento de migrantes e refugiados, profundamente homofóbico, desbragadamente sexista. Processos, condenações, amnistias, gritantes conflitos de interesses, a guerra com a revista The Economist (à qual chamava “The Ecommunist“), as suspeitas de contactos com a Máfia, nunca esclarecidas, a proclamação da superioridade do Ocidente, no rescaldo dos ataques às Torres Gémeas. Para completar a pintura, o episódio em que emitiu um decreto proibindo a família de Eluana Englaro, em coma há 17 anos, de praticar a eutanásia, alegando que Eluana ainda podia ter filhos e todos os meses menstruava. Inúmeras anedotas, quase nenhumas com graça, sucessivas gafes, a afirmação inenarrável de que o social-democrata Martin Schulz deveria fazer de guarda de um campo de concentração num filme sobre o nazismo. Ou a tirada de que Mussolini fora um ditador benigno, que não matava os opositores políticos, só os mandava “de férias”, em contraste com Mao Tsé-tung, que mandava cozer crianças para fertilizar os campos com os seus cadáveres. Dois dias depois do terramoto de L’Aquila, em 2009, disse que os que então ficaram sem casas deveriam encarar a experiência como um fim-de-semana no campismo e o L’Osservatore Romano chegou a emitir uma nota condenando a forma como Berlusconi falava em público, prenhe de obscenidades e blasfémias. O Rubygate, que envolveu uma dançarina do ventre marroquina de 17 anos, foi só um dos muitos escândalos sexuais em que se viu envolvido, e que não se cingiram, longe disso, às festas do “bunga-bunga“. Num relatório sobre tráfico humano do Departamento de Estado norte-americano, de 2011, avalizado por Hilary Clinton, o nome de Berlusconi surge citado como tendo estado envolvido na “exploração sexual de uma criança marroquina”. O seu nome também surge abundantemente nos Panama Papers, é evidente.

Ao contrário do que era sua intenção, o corpo não foi sepultado no faraónico mausoléu que mandara construir em San Martino. Razões teológicas, coisas de Igreja, parece, mas com Silvio e com Itália nunca nada é claro. Após a missa solene, o féretro foi transportado para o Tempio Crematorio Valenziano Panta Rei, em Valenza. As cinzas daí sobrantes seriam depositadas numa urna na Capela de San Martino, perto das sepulturas dos pais de Silvio, Luigi e Rosa, e da sua irmã, Maria Antonietta.

As cerimónias e Milão mostraram, no fundo, que Silvio não faleceu, que a sua sinistra presença continua a fazer-se sentir, e a condicionar, uma nação inteira e os seus máximos dirigentes. Dir-se-á que esse é problema somente dos italianos, que apenas a eles diz e dirá respeito. Sucede, porém, que há muitos iguais a Berlusconi, ou até piores do que ele, e todos os dias nos chegam notícias sobre aquilo a que tem levado a tão tonta ideia, perigosíssima, de que a política é coisa distinta da ética.

Em Villa San Martino, havia um ritual, o jantar de família nas segundas-feiras, aos quais compareciam os filhos de Il Cavaliere – dois do primeiro casamento, três do segundo -, a sua mulher e dois ou três amigos de longa data, da máxima confiança. Berlusconi, diz o Financial Times, ficou muito impressionado com as lutas fratricidas na família Agnelli e, para evitar algo parecido, assegurou convenientemente o futuro do seu império. Ainda assim, já se ouvem rufar os tambores, surgem sinais de potenciais conflitos dentro da famiglia. É possível, talvez provável, que um dia, daqui a uns anos, a Villa San Martino volte a mudar de mãos, que apareça um comprador igual a Silvio Berlusconi, ou pior.

Poucos como ele terão colocado de forma tão intensa, tão permanente, tão gritante, a questão das relações entre moral e política. Estar na sua partida, saudar a sua memória, não é um acto político, mas sobretudo, acima de tudo, um gesto moral, ou imoral, pelo que significa de enorme desprezo pelas inúmeras vítimas que Silvio foi fazendo numa vil trajectória de décadas, rumo ao poder e ao asco. Muitos dos que compareceram ao seu funeral, ou que enviaram mensagens de condolências, fizeram-no por razões “de Estado”, homenageando um governante que, bem ou mal, fora democrática e sucessivamente eleito por um povo em liberdade. Tudo isso é certo, mais do que evidente, mas tudo isso coloca também o problema de sabermos se um ser humano tão abjecto, que tanto e tão barbaramente desprezou os seus semelhantes, merece ter honras e homenagens (exceptuando, claro, as promovidas pela família e pelos amigos chegados). As cerimónias de Milão mostraram, no fundo, que Silvio não faleceu, que a sua sinistra presença continua a fazer-se sentir, e a condicionar, uma nação inteira e os seus máximos dirigentes. Dir-se-á que esse é problema somente dos italianos, que apenas a eles diz e dirá respeito. Sucede, porém, que há muitos iguais a Berlusconi, ou até piores do que ele, e todos os dias nos chegam notícias sobre aquilo a que tem levado a tão tonta ideia, perigosíssima, de que a política é coisa distinta da ética. Quando vemos uns jovens imbecis do Partido Conservador britânico a divertirem-se em festas durante a pandemia, desprezando e gozando com as regras do confinamento, quando vemos Bolsonaro, apertado pela Justiça, a pedir desculpas pelas barbaridades que disse sobre as vacinas (Brasil, mais de 700 mil mortos pela covid), mas também quando vemos o nosso primeiro-ministro a sorrir ao lado de Viktór Orbán, num jogo de futebol (!), perguntamo-nos, perplexos, se deixou de haver moral na política do nosso tempo. Pelos vistos, deixou – porque nós deixámos.

 

P.S. – A primeira parte deste texto, numa versão ligeiramente diferente e com um outro título (“De olhos bem abertos”), já foi publicada há uns anos nas páginas deste jornal. Com o consentimento da Direcção, decidi republicá-la por ocasião da morte de Il Cavaliere, com o propósito de relembrar uma faceta dos actuais populistas de que raramente falamos: a sua corrupção escandalosa. Vejam-nos todos, um a um: sem excepção, todos têm mansões opulentas, fortunas incalculáveis, os filhos, enteados e genros como colaboradores próximos e dilectos. Esse é o traço comum a todos os populistas, sejam de esquerda ou direita. Infelizmente, e fazendo o jogo deles, atemo-nos às barbaridades do seu verbo e às suas tiradas abjectas, à cortina de fumo com que ocultam a sua podridão imoral, a roubalheira pegada. Era tempo, era mais do que tempo, de centrarmos o combate aos populistas, não na sua “ideologia” ou nas suas motivações e palavras, mas na imoralidade dos seus comportamentos, públicos e privados.

 

 

António Araújo

Historiador.
Escreve de acordo com a antiga ortografia.

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