De uma forma mais simples, a sépsis é uma resposta do sistema imunitário a uma infeção. Contudo, o que até poderia ser algo positivo, não o é visto ser uma resposta tóxica que, em casos graves, pode ser fatal devido à falência dos órgãos.
Este sábado, 13 de setembro, assinala-se o Dia Mundial da Sépsis. O ‘website’ da rede de saúde CUF falou sobre este problema, explica do que se trata, quais as causas, os sintomas e forma de prevenção.
“O nosso sistema imunitário combate bactérias, vírus, fungos ou parasitas para controlar as infeções. Quando as infeções se instalam no nosso organismo, muitas vezes necessitamos de antibióticos, antivirais, antifúngicos ou antiparasitários para fazer frente à doença infeciosa”, começam por dizer.
Acontece que nem sempre o sistema imunitário consegue controlar os organismos invasores e acaba por acontecer uma infeção mais grave e geral. “Este é o princípio da sépsis. Assim, numa pessoa com sépsis, perante uma infeção grave o sistema imunológico luta contra si próprio, podendo causar lesões fatais em tecidos e órgãos do organismo.”
Segundo dados da Direção-Geral da Saúde, perto de 22% dos internamentos em unidades de cuidados intensivos são causados por situações de sépsis. “A mortalidade das formas mais graves da sépsis, como o choque séptico, é de cerca de 51%.”
Os sintomas de sépsis
Esta infeção pode ser detetada com um conjunto de sinais e sintomas. É o caso de febre superior a 38ºC, transpiração intensa, aumento da frequência cardíaca, aumenta da frequência respiratória e calafrios.
Em casos mais graves, poderá passar por náuseas e vómitos, diminuição e ausência de urina, pele pálida, alterações no funcionamento do fígado e tensão arterial mais baixa do que o normal.
As causas da sépsis
O motivo pela qual o sistema imunitário acaba por responder desta forma a alguma infeções não é algo totalmente conhecido e estudo. Referem que pode estar relacionado com diversos fatores de alguma doença. É preciso ter atenção com infeções bacterianas, fúngicas e virais.
“O patógeno pode entrar no corpo através de uma ferida ou através de uma infeção que pode passar despercebida inicialmente por não originar muitos sintomas. Os locais de infeção inicial mais comuns são os pulmões, o cérebro e o aparelho urinário, mas também pode atingir a pele e outros órgãos”, continuam.
O tratamento
O tratamento da sépsis é feito com base na causa original da doença. Antibióticos, ventilação de suporte e remoção de tecidos danificados podem acabar por ser alguns dos métodos utilizados.
“Entre os grupos de maior risco de sépsis no decorrer de uma infeção estão os idosos, doentes crónicos, recém-nascidos, pessoas com o sistema imunitário débil ou comprometido. Para os mais idosos, os tratamentos a administrar podem prevenir ainda úlceras de pressão ou tromboses venosas profundas.”
Como prevenir?
A melhor forma de prevenção passa por prevenir infeções que possam elevar o risco de vir a ter sépsis. “A prevenção de feridas ou a sua desinfeção correta caso surjam, bem como lavar muito bem as mãos e procurar ajuda médica imediata se houver sinais do agravamento de uma infeção.”
Se acabar por evoluir, pode ser complicado de tratar. Quem sofreu de sépsis pode acabar por sentir os efeitos a longo prazo, como é o caso do cansaço e de apresentar incapacidade em diferentes atividades.
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