• Setembro 9, 2025
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“Se alguém provar que não dei condições à Carris, demito-me no dia

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, afirmou, este domingo, que “se alguém provar” que “não deu condições” à Carris para que a empresa “fizesse o que tinha de fazer”, após a tragédia com Elevador da Glória, haverá “responsabilidade política”, apresentando a sua demissão.

Numa entrevista à SIC, o autarca começou por destacar que a sua “prioridade” após o acidente mortal “foi estar no terreno”, ao “lado das famílias”, a quem assegura que dará “uma resposta”.

Posteriormente, após ser questionado sobre as responsabilidades políticas, atirou: “Se alguém provar que Carlos Moedas não deu condições a essa empresa [Carris], que o orçamento da empresa diminuiu, se alguém provar que essa empresa diminuiu o nível de manutenção, então, aí, há responsabilidade política”, assegurou.

“Eu estou muito à vontade”, acrescentou.

Carlos Moedas rejeitou uma “comparação” com o caso ‘Russigate’, no qual pediu a demissão do então presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, referindo que em causa estava um “erro” ligado à “responsabilidade direta” do socialista.

“Nesta tragédia, não há nenhum erro que possa ser imputado a uma decisão do presidente da Câmara”, sublinhou.

“Se alguém provar que alguma ação que eu tenha tido, algo que eu tenha feito como presidente da câmara, em relação a esta empresa, levou a que esta empresa não gastasse o suficiente em manutenção, que esta empresa não fizesse aquilo que tinha de fazer, eu demito-me no dia”, insistiu, referindo que não é ele quem “está a gerir” a Carris.

Questionado sobre o facto de Pedro Bogas, presidente da Carris, ter colocado o seu lugar à disposição – algo que rejeitou – , além da disponibilidade para sair manifestada por Filipe Anacoreta Correia, vice-presidente da Câmara Municipal de Lisboa e vereador para a Mobilidade, Moedas considerou que qualquer demissão seria “uma cobardia”.

“Daqui ninguém sai. Ninguém se demite. É uma cobardia. Não vou deixar. Estamos aqui para enfrentar a realidade”, defendeu.

“Responsabilidade política é quando o político sabe e não atua. Alguma coisa chegou ao meu gabinete? Isso não aconteceu. E tenho muito pena. Podia ter tomado decisões”, apontou.

Na mesma entrevista, Carlos Moedas, que é recandidato à Câmara de Lisboa, rejeitou estar a “pensar” nas eleições autárquicas que se aproximam, frisando que, neste momento, pensa “naqueles que não estão cá” e nas “respostas” que têm de ser dadas.

“A política não me interessa muito, nem as eleições me interessam muito neste momento”, disse.

Recorde-se que o Elevador da Glória, em Lisboa, descarrilou na quarta-feira, causando 16 mortos e 23 feridos.

O equipamento é gerido pela Carris, liga os Restauradores ao Jardim de São Pedro de Alcântara, no Bairro Alto, num percurso de cerca de 265 metros e é muito procurado por turistas.

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