Rui Costa assumiu, este sábado, no discurso de abertura da Assembleia Geral do Benfica, destinada a votar o Relatório e Contas relativo à passada temporada de 2024/25, que, no plano desportivo, o cenário esteve longe de ser o melhor.
O presidente encarnado começou por enaltecer a “participação” dos sócios, sublinhando que o clube da Luz “é tanto mais forte e tanto mais robusto quanto maior for o contributo da sua massa associativa”, antes de garantir que, após a “aprovação dos novos estatutos”, este está “mais bem preparado para enfrentar os desafios vindouros, mais democrático e mais plural”.
“No que toca à discussão e votação do Relatório e Contas do clube relativo a 2024/25, tenho a profunda convicção de que se trata de um documento positivo, sólido e que merece a aprovação dos sócios do Sport Lisboa e Benfica, mesmo se o enquadramento desportivo não foi o desejado. Sou o primeiro a reconhecer que, apesar dos esforços que empreendemos para dotar as equipas dos meios necessários para vencer, ficámos aquém do pretendido”, começou por afirmar.
“No futebol, apesar do bom percurso internacional, apesar das conquistas da Taça da Liga e da Supertaça e de termos estado nas decisões até ao fim no Campeonato e na Taça de Portugal, não alcançámos os resultados que desejávamos. Nas modalidades, conquistámos 2 Campeonatos masculinos (basquetebol e futsal) e 5 femininos (andebol, basquetebol, hóquei em patins, voleibol e polo aquático), totalizando 21 títulos e troféus, um número que nos faz ter ganho mais do que todos os outros, mas que não nos basta. Queríamos ter vencido mais”, prosseguiu.
“Ainda na vertente desportiva, uma palavra de reconhecimento para o nosso projeto Olímpico. Recentemente celebrámos conquistas importantes de alguns dos nossos atletas, como os campeões do mundo Isaac Nader, nos 1500 metros, e Caio Bonfim, na marcha, Fernando Pimenta, Messias Baptista, João Ribeiro e Pedro Casinha, na canoagem, além de Diogo Ribeiro, na natação, e Vasco Vilaça, no triatlo. Têm demonstrado uma ambição de conquistas que é inspiradora. A mesma ambição que nos levou a ser campeões europeus de estafeta mista. A todos, endereço os parabéns por elevarem o nome do Benfica”, completou.
“Os sócios ativos ultrapassaram, pela primeira vez, os 350 mil”
Rui Costa (que vai a votos, no próximo dia 25 de outubro, numas eleições nas quais terá como adversários Luís Filipe Vieira, João Diogo Manteigas, João Noronha Lopes, Martim Borges Coutinho Mayer e Cristóvão Carvalho) virou, de seguida, as atenções para a “vertente associativa”, salientando “o marco inédito dos mais de 400 mil sócios em número de cartão”.
“Os sócios ativos ultrapassaram, pela primeira vez, os 350 mil, tendo crescido 27 250 no exercício 2024/25. Um número notável, ao qual acresce a concretização do Benfica Social, um programa de grande importância no apoio a sócios em dificuldades”, referiu.
“No plano financeiro, destaco a obtenção de um lucro de 7,7 milhões de euros, o qual cresce para quase 30 milhões de euros considerando o método de equivalência patrimonial. Neste domínio, saliento ainda as receitas recorde de quotização e do merchandising, a diminuição dos gastos operacionais e do passivo e, por fim, um marco importante neste final de mandato: os fundos patrimoniais estão de novo em valores positivos”, acrescentou.
“Uma última nota de relevo para a publicação, pela primeira vez na história do Sport Lisboa e Benfica, do Relatório de Sustentabilidade. Trata-se de um capítulo decisivo no reforço e no renovar do nosso compromisso com as melhores práticas ambientais, sociais e de ‘Governance’, o que muito nos orgulha. Para terminar, quero enaltecer todo o trabalho desenvolvido pelas Casas do Benfica e pela Fundação Benfica. A sua dimensão cívica e de benfiquismo faz com que o Benfica se assuma a cada dia como um clube melhor e mais solidário”, rematou.
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