A garantia do chefe de Estado, em funções desde janeiro, consta de uma mensagem de saudação dos 47 anos do Sindicato Nacional de Jornalistas (SNJ), que se assinala hoje, dia do Jornalista Moçambicano, com Daniel Chapo a reconhecer a “bravura”, bem como a “dedicação” e o “sentido de missão”, dos profissionais da comunicação social em Moçambique.
“O SNJ tem sido um parceiro estratégico do Estado na defesa dos direitos dos jornalistas, na promoção da liberdade de imprensa e na dignificação da profissão. Reafirmo, por isso, o compromisso do Governo de Moçambique em continuar a trabalhar em estreita colaboração com o SNJ, num espírito de diálogo, respeito mútuo e construção conjunta de um ambiente mais seguro, livre e profissional para o exercício da comunicação social no nosso país”, acrescentou.
Na mensagem, o Presidente moçambicano também reconhece os desafios que a classe jornalística enfrenta e a responsabilidade coletiva de garantir condições para que o “jornalismo continue a florescer com integridade, isenção e responsabilidade”, incentivando estes profissionais e o próprio sindicato.
“Que o SNJ continue a ser farol de unidade, ética e desenvolvimento no seio da classe jornalística”, apelou.
Já o presidente do Conselho Superior da Comunicação Social (CSCS), Rogério Sitoe, recordou a data e a importância destes profissionais, sublinhando que a efeméride celebra-se este ano “num contexto particularmente difícil em que a prática jornalística enfrenta inúmeros desafios”, aludindo aos mais de cinco meses de forte agitação social e contestação ao processo pós-eleitoral, que já provocou cerca de 390 mortos.
“A crise pós-eleições gerais de 09 de outubro de 2024 colocou especialmente à prova também o exercício da atividade jornalística e questões como ética, deontologia profissional, rigor, isenção e sentido de interesse pública ficaram, durante este período, seriamente negligenciadas”, lê-se na mensagem assinada por Rogério Sitoe.
Na posição, o CSCS presta ainda “homenagem especial” a todos os jornalistas “vítimas da violência” e “reafirma a condenação a todos os atos que atentam contra a liberdade de imprensa e ao livre exercício da profissão jornalística em Moçambique”.