Os terroristas escalaram a aldeia de Nandui. A população, tendo-se apercebido de pessoas estranhas em Nandui, colocou-se em fuga. Eles, portanto, saquearam bens de agentes económicos ali da sede da aldeia de Nandui, levando produtos alimentares. E na saída, portanto, tiveram que incendiar duas residências. Não há informação de perda de vidas humanas”, disse o administrador de Ancuabe, Belmiro Casimiro.
A província de Cabo Delgado, no norte do país, rica em gás, enfrenta desde 2017 uma rebelião armada, que provocou milhares de mortos e uma crise humanitária, com mais de um milhão de pessoas deslocadas.
De acordo com o dirigente, as Forças de Defesa e Segurança já foram alertadas, pelo que estão em perseguição aos atacantes na aldeia, que fica a 30 quilómetros da sede de Ancuabe.
“As nossas forças de defesa e segurança já se encontram no terreno, no encalço dos terroristas. É preciso ainda denunciarmos qualquer movimentação de pessoas estranhas na aldeia que haja a pronta intervenção”, acrescentou Belmiro Casimiro.
“A população da aldeia de Nanduli já (…) regressou. A vida (…) económica e social já está a ser levada normalmente naquela aldeia de Nanduli, que neste momento está em segurança”, referiu.
As novas movimentações de extremistas no norte de Moçambique incluem Niassa, província vizinha de Cabo Delgado, onde, desde a sua eclosão em 29 de abril, provocaram pelo menos duas mortes: dois guardas florestais decapitados.
Só em 2024, pelo menos 349 pessoas morreram em ataques de grupos extremistas islâmicos no norte de Moçambique, um aumento de 36% face ao ano anterior, segundo um estudo divulgado pelo Centro de Estudos Estratégicos de África (ACSS), uma instituição académica do Departamento de Defesa do Governo norte-americano.
Tem de iniciar a sessão para publicar um comentário.