Investir em vinhos pode parecer, à primeira vista uma escolha incomum. No entanto, o mercado dos vinhos tem ganho grande destaque nas últimas décadas, por se tratar uma alternativa interessante de investimento.
Mas quais são as motivações do investidor? Quais as garrafas que se enquadram num bom investimento?
As motivações podem ser diversas. Na verdade, um investidor é alguém que pretende aplicar os seus capitais em ativos que valorizem ao longo do tempo.
Apesar de toda a turbulência financeira que tem caracterizado os mercados mundiais, o mercado dos vinhos enquanto investimento tem-se mantido estável, ao contrário de outros ativos, que por vezes se mostram voláteis. Um produto apetecível para quem procura diversificar o seu portefólio de investimentos, uma vez que é um ativo tangível e pode ser apreciado e desfrutado, se assim o entender.
Falar em motivações quando de um investidor se trata, não é o mesmo que falar em motivações de um colecionador. É importante desmitificar que apesar de o vinho apelar à emoção, no fim de contas continua a ser um ativo com vista à realização de um bom negócio vs. investimento. A noção de rentabilidade é, no fundo, o que pode distinguir um colecionador de um investidor – o conceito de ativo é sempre maior.
As vantagens estão, claro, associadas à lei da procura e da oferta. Ao longo dos tempos, alguns rótulos podem atingir valores de mercado impensáveis, devido à sua raridade e proveniência. O valor atribuído ao produtor é, por si só, uma garantia de qualidade. Grandes Châteaux em Bordéus, com valores de valor de mercado de referência, são claramente rótulos de confiança.
No mercado nacional a procura está mais voltada para vinhos do Porto, ainda que sejam evidentes as mudanças de alguns hábitos de consumo, por se tratar de um produto associado a uma geração mais envelhecida. Falando em vinhos de mesa, existem alguns produtores que já começam a posicionar Portugal no mercado internacional. No entanto, ainda com pouca expressão face a regiões como Bordéus ou Borgonha, onde fatores como história e raridade falam mais alto.
Aliar o fator tradição e inovação é outra questão. É de suma importância preservar a história e cultura associadas a cada rótulo, não descurando da necessidade da garantia de um investimento seguro.
E aqui entra a tecnologia! Fatores como a longevidade, o armazenamento e a rastreabilidade são fatores importantes quando se pensa em investir em vinhos. Atualmente já é possível o registo de cada etapa desde a colheita ao engarrafamento, com inclusão de detalhes como técnicas de vinificação, localização geográfica ou certificações de Denominação e Origem Controlada (DOC) e Indicação Geográfica de Protegida (IGP). Os registos digitais operam como facilitadores na comercialização uma vez que permitem ao futuro comprador ver por onde andou o seu ativo e em que condições.
Já tinha colocado a hipótese dos seus vinhos serem um ativo?
CEO Garrafeira Nacional
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