Mariana Carrilho, de 22 anos, foi esta segunda-feira condenada a uma pena de 10 anos de prisão pelo homicídio à facada de Núria Gomes, de 19, à porta de uma discoteca em Albufeira. O namorado da homicida, José Oliveira, que estava a ser julgado por ter escondido a arma do crime e por agressão a um militar da GNR, acabou absolvido.
O crime ocorreu na madrugada de 16 de abril do ano passado. Segundo a presidente do coletivo de juízes, ficou provado que Mariana levou a faca para dentro da discoteca, oculta debaixo da axila, a pedido do namorado. E usou-a depois, já na rua, para golpear Núria no peito, causando-lhe a morte.
A arguida estava acusada de homicídio qualificado, mas os juízes entenderam que deveria ser condenada apenas por homicídio simples, o que reduziu drasticamente a pena aplicada.
“O que foi lido neste acórdão é que a vítima deu uma bofetada à arguida e que ela se defendeu. Mas não faz sentido deixar de existir motivo fútil porque nós não nos defendemos de uma bofetada com uma faca”, lamentou Ana Antunes, advogada da família da vítima, que diz estar chocada por “tratarem a vítima como se fosse arguida e a arguida como uma vítima”.
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