João Mário foi convidado pelo comentador e escritor Luís Freitas Lobo para falar da sua experiência no programa ‘Futebol Arte’, cujo episódio foi divulgado esta terça-feira na Sport TV, em que aproveitou para falar das posições desempenhadas no Benfica e dar conta de revelações em torno de… Roger Schmidt.
“Quando ele [Roger Schmidt] chegou, ouvi dizer que não podia jogar numa equipa que pressionava desta forma. Ouvi isto em todo o lado e para mim esta ideia de jogo era perfeita. Pressionar à frente é melhor. Para nós, para quem joga na frente, é melhor. Há uma preparação física para isso. É óbvio que não pede o mesmo que pede ao Neres”, começou por dizer.
“O mais surpreendente foi ele ter dito no início da época ‘Vais ser fundamental na minha ideia de jogo no Benfica. Quero que sejas o meu 10’. Essa era a posição do Rafa. Pensei ‘Vou experimentar, pode ser que corra bem’. Depois houve um clique na pré-temporada, ‘Se calhar podemos experimentar e trocar’. Eu passei para a esquerda e ele [Rafa] para o meio. O Rafa sente-se mais confortável ali e eu também, para a equipa. Acredito sempre que posso fazê-lo. Com o passar dos anos vou passar mais para o centro, mas naquele momento fazia mais sentido ali”, vincou, antes de detalhar as diferenças entre jogar nas duas posições.
“Hoje em dia sou muito mais próximo de um ’10’ moderno do que um ‘8’ porque também jogo muito mais à frente. É injusto pedir a um médio, um Enzo [Fernández] por exemplo, para estar sempre em zonas de finalização. Se estás sempre dentro da área vais desequilibrar mais a equipa. Quando jogo nessa posição, centro-me mais em não desequilibrar a equipa porque se a equipa perde a bola fica muito descompensada. Fisicamente tens de ser mais um box-to-box, tens de ter uma cadência defensiva que, apesar de ter, não é o meu forte”, completou o raciocínio.
De referir que João Mário alcançou os melhores números de sempre numa só época às ordens do técnico alemão, com o registo de 23 golos e 13 assistências em 54 jogos.
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