O vereador do Partido Comunista Português na Câmara Municipal de Lisboa João Ferreira criticou, esta quarta-feira, a posição tomada pelo deputado socialista Miguel Costa Matos no que toca à suspensão das subscrições aos Certificados de Aforro da Série E.
Costa Matos, líder da Juventude Socialista, disse no Twitter: “Acho incrível que partidos de esquerda estejam a defender pagar juros mais altos – aumentar rendimentos de capitais para 600 mil pessoas com capacidade de poupança – à custa do dinheiro de todos, dos impostos pagos por quem não tem para poupar, do dinheiro dos serviços públicos.”
A ‘farpa’ não ficou, no entanto, sem resposta. Na mesma rede social, a responder ao ‘tweet’ de Costa Matos, João Ferreira ironizou que “a Esquerda a sério é fazer fretes à banca e cruzar os braços face à sua cartelização“, bem como “dar condições mais vantajosas a grandes investidores externos do que a pequenos aforradores nacionais“.
“É subfinanciar serviços públicos enquanto se dão borlas fiscais ao grande capital sob formas diversas“, concluiu ainda o comunista.
Referiam-se ambos às críticas feitas ao Governo socialistas após a suspensão de novas subscrições aos Certificados de Aforro da Série E, tendo de seguida sido lançada a Série F, com taxas de rentabilidade mais baixas. Os Certificados de Aforro tornaram-se, no último ano, numa opção mais rentável para muitos portugueses, que investiram nesta ferramenta graças às suas taxas de rentabilidade superiores às taxas de juro que os bancos pagam por depósitos.
Houve mesmo, aliás, quem acusasse o Governo de estar – como diz João Ferreira – a “fazer o frete” à banca, tendo o próprio Presidente da República sugerido ao setor que faça um “esforçozinho” para tornar os seus serviços mais apelativos.
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