No “Boletim Económico” de julho, publicado hoje, o regulador bancário destaca que a inflação se encontra numa trajetória de redução desde o final de 2022.
“Projeta-se uma redução da taxa de inflação de 5,2% este ano para 3,3% em 2024 e 2,1% em 2025, valor já próximo do objetivo de política monetária”, assinala.
Estas previsões comparam às do relatório de março, que apontavam para uma taxa de 5,5% este ano, de 3,2% em 2024 e de 2,1% em 2025.
A revisão em baixa de 0,3 pontos percentuais (pp.) é explicada “com menores pressões inflacionistas externas e o impacto da redução temporária do IVA para alguns bens alimentares a serem parcialmente compensadas por maiores pressões internas sobre a componente de serviços”.
O BdP explica que em 2023, o abrandamento dos preços deverá resultar das componentes mais voláteis do Índice Harmonizado de Preços ao Consumidor (IHPC), “refletindo essencialmente a redução esperada do preço das matérias-primas energéticas e alimentares nos mercados internacionais.
Já a redução da inflação excluindo estes bens será “posterior”, como resultado de “efeitos indiretos desfasados com origem nas componentes voláteis da inflação e por pressões associadas ao aumento dos salários e margens de lucro”.
“A maior restritividade da política monetária, num contexto de expetativas de inflação ancoradas, deverá implicar a convergência da inflação no final do horizonte para valores compatíveis com o objetivo de estabilidade de preços e próximos dos projetados para a área do euro”, assinala.
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