Ojogo não se adivinhava fácil, mas o FC Porto cumpriu, com sucesso, a missão de levar três pontos do Estádio Municipal de Arouca (1-0), na noite de segunda-feira e naquele que foi o jogo de encerramento da 31.ª jornada da I Liga. Depois de uma meia-final sofrida, e com direito a prolongamento, para chegar à final da Taça de Portugal, os dragões acusaram o desgaste físico neste duelo com o Arouca, sendo que ficou, uma vez mais, bem patente que se vive um momento de baixa eficácia por entre os jogadores.
No entanto, o golo de Iván Marcano, apontado aos 44 minutos, foi mais do que suficiente para o FC Porto conseguir sair de Arouca com o triunfo no bolso e continuar vivo na luta pelo título, ainda que apenas tenha mais três jornadas para esperar por um eventual deslize do Benfica e assumir a liderança inesperada do campeonato.
O defesa espanhol, que já é o mais goleador da história do FC Porto, foi competente a nível defensivo e ainda deu uma preciosa ajuda na frente de ataque. Mas há mais protagonistas a destacar. Vamos a eles.
A figura
Otávio assinou nova exibição de mão cheia com a camisola do FC Porto. O internacional português atacou, defendeu e tudo fez para dar dinâmica e criatividade a uma equipa do FC Porto que acusa o desgaste físico e mental. É talvez dos jogadores menos consensuais do futebol português, mas é impossível não reconhecer a influência que tem em campo. O melhor em campo. De longe.
A surpresa
Na baliza arouquense mora um dos melhores guarda-redes do nosso campeonato e ontem a exibição de De Arruabarrena não desiludiu. O guardião uruguaio foi defendendo tudo o que conseguiu, especialmente na primeira parte, e raramente errou nas abordagens aos lances. No golo de Marcano nada poderia fazer.
A desilusão
Rafa Mujica é a grande referência ofensiva do Arouca, mas na noite de ontem ficou no bolso de Pepe e Marcano. Passou completamente ao lado do jogo e nunca se conseguiu soltar da marcação para causar problemas a Diogo Costa. Noite para esquecer.
Os treinadores
Armando Evangelista
A estratégia do Arouca para a primeira parte pareceu ser demasiado defensiva e pouco atrevida no momento ofensivo, algo que não condiz com a filosofia da equipa desta temporada. Percebe-se a necessidade de adiar, ao máximo, o golo do FC Porto, mas após o intervalo exigia-se mais vontade de chegar à frente e outras armas para desmontar a estrutura defensiva contrária.
Sérgio Conceição
Na noite em que superou José Maria Pedroto como treinador com mais jogos no comando ao FC Porto, ao chegar ao 323.º, Sérgio Conceição teve de assistir ao jogo em Arouca a partir da bancada por conta da expulsão frente ao Famalicão. O FC Porto voltou a ser pouco eficaz no momento ofensivo, mas Conceição deve ter ficado satisfeito pela tranquilidade defensiva que a equipa apresentou.
O árbitro
João Pinheiro teve uma noite tranquila, sendo que também não existiram casos de elevado grua de dificuldade.
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