• Junho 28, 2025
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Alerta: As comédias românticas não correspondem à realidade

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Desde pequenas que somos iludidas sobre a forma como funciona o amor, o namoro. Assistimos aos clássicos da Disney e filmes de comédia romântica que nos fazem criar padrões irreais sobre relacionamentos. Durante uma hora e meia encontramos conforto naquelas personagens, que gostaríamos de ser nós. Quem não gosta de se sentir única/o e ter alguém que faça tudo o que está ao seu alcance para não ter de viver mais um dia sem a nossa presença?

Há uma necessidade em viver um amor intenso e dramático, uma história de idas e vindas, traições, amores não correspondidos, términos inusitados, reconciliações turbulentas. Adoramos esse drama. Rimos e choramos com as personagens. O problema é que quando somos mais novas, não temos maturidade suficiente para perceber que os relacionamentos não se resumem a uma hora e meia de filme. Criamos um ideal na nossa cabeça que nunca vai corresponder à realidade. Ficamos presas em como o início dos relacionamentos são retratados. O primeiro encontro, o primeiro beijo, as descobertas.

A maioria dos filmes termina com os personagens principais juntos. Na vida real segue-se a rotina, os desentendimentos, o tédio. Na vida real temos de encarar todas as facetas do nosso companheiro/a e aprender a lidar com o conjunto completo. Não são só coisas positivas e isso faz parte.

O drama que se vê nos filmes seria considerado tóxico na vida real. Nos filmes a mulher tem tendência a sentir atração pelo “bad boy”, o rapaz misterioso e inacessível. A mulher acredita que o consegue mudar para melhor. Na vida real não funciona da mesma forma. Envolvermo-nos com pessoas emocionalmente instáveis não é bom para ninguém e, as discussões, os desaparecimentos e as incertezas podem criar traumas no futuro.

O amor mais bonito, real e sincero é o amor sentido, é o amor vivido, é o amor falível. O amor por si só não basta para alimentar uma relação. Não basta dizer “amo-te”. Num relacionamento real tem de haver muito diálogo, compreensão, paciência, cuidado com o outro, demonstração de afeto, respeito e lealdade. Um amor para durar tem de ser trabalhado e consistir nos mesmos princípios e valores.

Quando a fase de “deslumbramento” passa, começamos a ver os defeitos da outra pessoa. Ninguém é perfeito. Cometem-se erros, fazem-se comparações e somos muitas vezes tóxicos sem nos apercebermos. Na maioria das vezes a falta de maturidade não nos permite lidar com os problemas e achamos que a única solução é acabar o relacionamento. Talvez seja por isso que tudo acaba tão rápido hoje em dia. As pessoas não querem lidar com as situações e manter uma relação dá muito trabalho.

Acredito que nós escolhemos os problemas com que queremos lidar. Talvez a solução passe, muitas vezes, por pesar os prós e os contras, impor os nossos limites e perceber se os nossos defeitos e os do nosso companheiro/a são aceitáveis e podem ser trabalhados.

O grande problema está em entender que aquilo que desejamos encontrar no outro, precisamos de encontrar em nós primeiro. Sermos completos enquanto pessoas individuais para nos complementarmos enquanto casal.

 

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