O advogado da mãe das gémeas luso-brasileiras, Wilson Bicalho, acusou os deputados de fazerem “jogo de bastidores”, acrescentando que “nada indica que houve algum crime cometido” pela mãe. Wilson Bicalho está, esta sexta-feira, a ser ouvido na Comissão Parlamentar de Inquérito.
“Apesar do massacre político e mediático, nada indica que houve algum crime cometido por essa mãe. Está no DIAP uma investigação para prestar depoimento, mas neste momento dizem que não há sequer motivos para ser arguida”, afirmou o advogado da mãe das gémeas luso-brasileiras.
Wilson Bicalho acrescentou que as gémeas não passaram à frente de nenhuma utente e que tiveram “seis meses à espera”.
“O tratamento não passou à frente de nenhuma utente. É importante ressalvar que 38 crianças foram tratadas com este medicamento. As gémeas foram as que tiveram mais tempo à espera, seis meses”.
No fim da intervenção o advogado indicou que não vai responder às perguntas dos deputados, por estar sujeito a “sigilo profissional” e que pretende que a audição seja à porta fechada.
André Ventura, em resposta a Wilson Bicalho, acusou o advogado de atacar a “imprensa portuguesa, partidos e a justiça portuguesa”.
“Temos um advogado que comparece nesta Comissão Parlamentar de Inquérito. Não se opõe à publicidade da sua própria declaração contra partido políticos, contra a imprensa portuguesa e contra a justiça portuguesa, e diz que a partir de agora quer que ninguém ouça (…) Chega aqui, fala mal de toda a gente e agora quer se ir embora e quer que ninguém ouça mais nada. Isto não é assim”, afirmou o deputado do Chega.
O líder do Chega acrescentou que em Portugal “cumprem-se regras”.
Todos os partidos votaram contra o pedido de Wilson Bicalho para que a audição prosseguisse à porta fechada. A audição terminou sem que Wilson Bicalho respondesse às perguntas dos desputados.
