De acordo com o balanço do primeiro semestre da polícia de trânsito, através do comando-geral da Polícia da República de Moçambique (PRM), o número de mortos no primeiro semestre aumentou em 43 em comparação com igual período do ano passado, quando foram registados 366 óbitos.
Os dados divulgados indicam que o país registou um total de 326 acidentes de viação nos primeiros seis meses do ano, contra 310 de igual período do ano passado.
As autoridades moçambicanas registaram também 314 feridos graves e 509 ligeiros em 2025, contra 271 feridos graves e 544 feridos ligeiros do primeiro semestre de 2024.
Do total dos casos, 122 foram atropelamentos, 79 despistes, 50 casos de embates entre carros, 44 choques entre carros e motos.
Os mortos e feridos do primeiro semestre, indica a polícia, foram causados por “velocidade excessiva, ultrapassagem irregular, deficiências mecânicas, má travessia de peão e condução sob efeito de álcool”.
Os índices de acidentes rodoviários em Moçambique são classificados como dramáticos, com as autoridades a apontarem o excesso de velocidade e a condução sob efeito de álcool como as principais causas.
Em 15 de abril, o Governo moçambicano aprovou um Plano de Ação de Segurança Rodoviária, que prevê uma série de ações para reduzir o número de acidentes de viação, incluindo o reforço das fiscalizações, alterações à legislação e intervenções em pontos considerados críticos, bem como a sensibilização das comunidades.
Envolve também a construção de um centro de atendimento pós-acidente em forma de projeto-piloto no distrito de Manhiça, província de Maputo, um dos pontos com elevado índice de sinistralidade no país.
Em todo o ano de 2024 morreram 825 pessoas em acidentes de viação no país, um aumento de 9% em comparação com o ano anterior, anunciou em 02 de maio o Presidente moçambicano.
“Estes acidentes afetam maioritariamente os grupos etários economicamente produtivos, representando 73% das vítimas. Além do enorme custo social, o custo económico dos acidentes de viação é avultado, com as mortes e ferimentos em acidentes de viação a custarem, ao país, cerca de 10% do seu PIB”, declarou na ocasião o Presidente moçambicano, Daniel Chapo.
Os óbitos de 2024 foram resultado de um total de 687 acidentes de viação, um aumento de 3% em comparação com 2023, ano em que foram registados 668 sinistros.
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