O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, acaba de aterrar no Parque Aeronáutico de Alverca, em Alverca do Ribatejo, onde vai visitar a OGMA – Indústria Aeronáutica de Portugal.
O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, destacou esta segunda-feira, na abertura do Fórum Empresarial Portugal-Brasil, que agora decorre no Centro de Engenharia e de Desenvolvimento de Produto e Serviço (CEIIA), em Matosinhos, no Porto, que a parceria estabelecida entre Portugal e Brasil é uma “cooperação voltada para o futuro, a tecnologia, as energias renováveis, a mobilidade urbana, e a saúde”.
Na sua intervenção, o chefe de Estado brasileiro voltou a reforçar que o “Brasil voltou”, porque “esteve afastado do mundo durante seis anos”. E lembrou que, durante esse período, o Brasil “recusou outros países, e outros países recusavam” o Brasil, em crítica ao seu antecessor, Jair Bolsonaro, que acusou de não ter oferecido “estabilidade política, social e jurídica” aos brasileiros. Perante esse cenário, destacou: “Sem estabilidade, ninguém investe um centavo no país”.
Destacando ser seu objetivo “que o Brasil volte a ter a importância que ele sempre teve”, Lula da Silva defendeu que, para isso, “precisa de viajar”, bem como os seus “pensadores”, “empresários”, “deputados e senadores”. E apontou: “Não podemos ficar fechados no nosso país e esperar que vão investir em nós”.
Acusando o ex-presidente de não ter conseguido “estabelecer relações e convencer as pessoas da importância e das qualidades do Brasil”, Lula da Silva deixou ainda mais uma farpa a Bolsonaro: “Ninguém tinha interesse em falar com pessoas que não se comportavam de forma civilizada”. O chefe de Estado lembrou, ainda, que o que o seu anterior governo fez “em 13 anos foi desmontado em quatro”, pelo executivo de Jair Bolsonaro.
“O Brasil está preparado para voltar a ser um país grande, importante, atraente, e quer construir, definitivamente, relações de parceria. Não queremos relações hegemónicas com ninguém. Não é porque somos grandes que temos de ter hegemonia”, disse ainda, explicando que esse pretende ser, também, o seu intuito face a Portugal.
Na perspetiva do presidente brasileiro, o país precisa também de “garantir que as pessoas pobres podem participar” na economia nacional, lembrando as taxas de juro elevadas que atualmente se fazem sentir no Brasil e que é, também por isso, necessário retomar as políticas de índole social – também elas, lembrou, eliminadas pelo anterior executivo.
“O Brasil está de volta para ser protagonista internacional“, disse ainda, explicando que é por isso que está focado em “parar de falar de guerra” e em “construir a paz”, para que se possa “produzir para a humanidade viver melhor” – em clara alusão ao conflito iniciado pela Rússia na Ucrânia.
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