
Aos 40 anos de idade, Cristiano Ronaldo não dá sinais de pretender retirar o ‘pé do acelerador’, e, depois de ter somado dez golos (e duas assistências) ao cabo dos 11 jogos disputados com a camisola do Al Nassr, esta temporada, prepara-se para tentar guiar Portugal rumo ao apuramento para o Campeonato do Mundo de 2026.
Fraizer Campbell jogava nas camadas jovens do Manchester United, no verão de 2023, quando o madeirense foi adquirido ao Sporting, a troco de uma verba na ordem dos 15 milhões de euros, e, em declarações prestadas, esta quinta-feira, ao portal Goal, disse não ter dúvidas de que, se quiser, pode muito bem continuar a ‘dar cartas’ até… aos 50 anos.
“É um daqueles casos em cabe totalmente a ele. Não vai ser a conversa do costume, de ‘O meu corpo dói-me e não consigo fazer mais isto. Estou constantemente lesionado’. Ele ainda é muito dedicado. Se ele quisesse jogar por mais três, quatro ou cinco amos, tenho a certeza de que é mais do que capaz de fazê-lo”, começou por afirmar.
“É incrível ver um espécime destes continuar a jogar (…). É estonteante. Um dia destes, estava a falar com alguém e disse que achava que nem sequer tinha feito 1.000 jogos! O facto de ele poder marcar 1.000 golos é um padrão tão elevado que é difícil de imaginar”, prosseguiu o agora antigo internacional inglês.
“O facto de uma pessoa conseguir fazer isso é de dar a volta a cabeça, mas é tudo dele. É graças a ele, à sua dedicação e ao seu índice de trabalho. Ele é um futebolista extraordinariamente talentoso”, completou.
Afinal, qual é o ‘segredo’ de Cristiano Ronaldo?
Questionado quanto aos ‘segredos’ da longevidade de Cristiano Ronaldo, Fraizer Campbell refletiu: “Montes de coisas! Ele era o primeiro a chegar ao campo de treinos e o último a sair. Ele vivia e respirava futebol. Tudo aquilo que ele fazia era a pensar na preparação, ou para a próxima sessão de treinos, ou para o próximo jogo”.
“É aquilo que todos nós fazemos, quando começamos a jogar futebol, com aquele entusiasmo de aprender e tornarmo-nos melhores. Ele costumava sair, no final de uma sessão de treinos, com uma bola e dar a volta a Carrington – aos 14 relvados – a fazer dribles. Dava para ver que ele estava determinado a ser melhor. Tal como todos vimos, nos anos que se seguiram, ele continuou e continua a fazer isso, até hoje”, apontou.
“Temos de dar mérito ao ambiente, porque os padrões de Carrington e Old Trafford, na altura, rebentavam com o teto. Eu lembro-me que, quando era jovem, ia aos treinos, e só os exercícios no início das sessões eram intensos. Tinhas de fazer aquilo bem feito, porque tinhas jogadores como Roy Keane ou Gary Neville, que se certificavam de que toda a gente estava alinhada com os padrões, ao pormenor”, acrescentou.
“Eu penso que isso ajudou jovens jogadores, como o Cristiano, que sabiam que tinham de estar na melhor forma, constantemente. Era um desafio. Os jovens jogadores gostam de ser desafiados, e ele lidava com isso, diariamente, com os mais velhos do Manchester United. Penso que o ambiente, definitivamente, o ajudou a progredir, enquanto jogador, e a continuar a sua longa carreira”, rematou.
Fonte : Notícias ao Minuto

Tem de iniciar a sessão para publicar um comentário.

