• Outubro 24, 2025
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Adolescentes pensam em matar? Pais, estejam atentos a estes sinais!

Os pedidos de ajuda por parte dos pais têm aumentado. Os dados mais recentes da Associação Portuguesa do Apoio à Vítima revelam que há cada vez mais pais a pedir ajuda após serem agredidos pelos filhos.

Um exemplo recente que está a chocar o país é o do caso da vereadora de Vagos Susana Gravato que morreu na terça-feira pelas mãos do filho, um jovem de 14 anos, sem que nada o fizesse prever. O adolescente terá confessado ter matado a mãe com disparos na cabeça a partir de uma arma de fogo que pertencia ao pai. Montou o cenário do crime por forma a parecer que se tinha tratado de um assalto. A família seria unida, segundo relatam pessoas próximas, e o jovem terá apresentado como motivos para matar a mãe o facto de a mesma ser exigente e de o irritar.

A este propósito, o Notícias ao Minuto conversou com a psicóloga Andreia Filipe Vieira, que clarificou os sinais que os jovens com indícios de violência apresentam e que os podem levar a cometer crimes, como matar, alertando os pais para estarem atentos e para procurarem ajuda profissional.

Há jovens com mais fatores de risco do que outros?

Existem, sim, contextos que aumentam a vulnerabilidade psíquica: famílias desestruturadas, histórias de perda precoce, negligência afetiva, ausência de limites consistentes ou exposição a violência. Mas é importante sublinhar que cada caso é singular (não é a experiência em si que determina o destino, mas a forma como o sujeito consegue simbolizá-la, isto é, dar-lhe um sentido interno com o apoio de figuras significativas).

Os jovens apresentam sinais de que o podem vir a fazer?

Em regra, sim. Antes de um ato extremo, há sinais de sofrimento psíquico que se manifestam de diferentes formas (isolamento, apatia, irritabilidade, retraimento ou explosões de raiva sem motivo aparente). O jovem pode mostrar dificuldade em ligar-se afetivamente aos outros, em confiar, ou expressar fantasias de morte ou de vingança. São sinais que não devem ser interpretados de forma literal, mas escutados com atenção e empatia.

Como é que estas situações podem ser evitadas?

Mais do que “evitar”, é fundamental escutar e compreender. A prevenção passa por criar espaços onde os jovens se sintam vistos, ouvidos e reconhecidos na sua dor, sem julgamento. A escola, a família e os serviços de saúde mental devem trabalhar em conjunto para oferecer um lugar de palavra, onde o que é vivido internamente possa ser transformado em pensamento e não em ato.

A violência muitas vezes surge quando o sujeito deixa de acreditar que pode ser escutado. Este acontecimento, deve servir de alerta para o que se tem visto sucessivamente, maior agressividade em contexto escolar, maior agressividade entre colegas. Deve-se compreender que os jovens precisam de limites, seja em casa e na escola, seja na forma como utilizam as tecnologias e acesso à internet, quando a sua mente ainda está em fase de desenvolvimento e existe uma influência direta daquilo que veem e experienciam.

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