Luis Quintais conquista assim o seu segundo Prémio PEN de Poesia, depois de já ter sido galardoado em 2015, pela obra poética ‘O Vidro’.
O júri, composto por António Apolinário Lourenço, Graça Capinha e Paula Cristina Costa, reconhece na obra “particulares qualidades estéticas traduzidas na construção de uma linguagem poética peculiar, desafiante, ocasionalmente cruel, habitada por gestos noturnos e imprecisos rumores, com a qual questiona a humanidade do humano, oscilando, criticamente, entre as tonalidades agónica, irónica e aforística na caracterização do mundo moderno”.
“A coerência do percurso poético de Luís Quintais, sem cedência a facilidades estilísticas ou pirotecnias verbais, falsamente entendidas como uma aproximação à expectativa do leitor, fundamentou a decisão unânime do júri”, explica a presidente do Clube PEN Portugal, Leonor Duarte de Almeida, em comunicado.
Nascido em 1968 em Angola, Luís Quintais é antropólogo, poeta e ensaísta e leciona no Departamento de Antropologia da Universidade de Coimbra.
Entre as suas obras poéticas contam-se títulos como ‘A Imprecisa Melancolia’ (1995), ‘Lamento’ (1999), ‘Úmbria’ (1999), ‘Verso Antigo’ (2001), ‘Angst’ (2002), e ‘Duelo’ (2004).
A de poesia completa ‘Arrancar Penas a Um Canto de Cisne’ venceu o Grande Prémio de Poesia Teixeira de Pascoaes APE/C.M. de Amarante 2015-2016.
Como antropólogo, Luis Quintais tem publicado ensaios em diversas revistas da especialidade sobre as implicações sociais e culturais do conhecimento biomédico, em particular sobre a psiquiatria e seus contextos. Desenvolve atualmente investigação sobre as interações entre biotecnologias, arte e cognição.
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