Já deu por si a ver fotografias antigas e a pensar que o seu ex-namorado ou ex-namorada está mais atraente? Não está sozinho/a.
Considerar o seu ‘ex’ mais atraente após o término de uma relação é uma experiência comum para a qual a psicologia tem um nome: ‘Rosy Retrospection’.
Esta perceção leva muitas pessoas a pensar que, porventura, cometeram um erro ao permitir que a relação chegasse ao fim.
Segundo o website Ahead, esta sensação é fruto de um complexo processo emocional e psicológico por que passamos quando terminamos um ciclo, neste caso, uma relação.
Assim, achar que o ‘ex’ está mais bonito não é apenas fruto da sua imaginação, mas, sim, truques do seu cérebro baseados em princípios psicológicos. Ei-los:
Memória seletiva
O seu cérebro filtra naturalmente as experiências negativas ao longo do tempo, deixando em destaque os momentos mais positivos.
As pesquisas mostram que isto serve de ‘amortecedor emocional’, protegendo-nos de sentir dor. Uma vez que se deixa de viver diariamente as frustrações que levaram ao fim da relação, o cérebro tende a evidenciar os bons tempos.
Valorizamos o que não temos
Um outro fator que torna o ‘ex’ mais atraente é o facto de, simplesmente, já não estar presente. Assim que a pessoa se torna inacessível passa a ser mais atraente. É a velha história do fruto proibido.
Solidão
A solidão também desempenha um papel relevante no fenómeno que implica um término. Quando se sente isolado, o cérebro tende a considerar desfavorável a sua atual situação quando comparada com as relações passadas em que estava acompanhado… ainda que mal.
Incerteza quanto ao futuro
Por fim, a incerteza quanto ao futuro faz com que o passado aparente ser mais seguro e desejável. Isto porque o cérebro sabe perfeitamente o que o anterior relacionamento implicava, enquanto que novas relações trazem incerteza. Esta preferência cognitiva pelo conhecido – ao invés do desconhecido – torna também o ‘ex’ mais atraente.
Como quebrar o ‘feitiço’?
Se quiser superar o fim de uma relação, então terá de começar a ser intencional em relação às memórias. Quando der por si a relembrar os bons momentos de imediato lembre-se dos motivos que levaram ao fim da relação. No fundo, o truque é colocar as coisas na balança.
Uma outra pergunta que poderá fazer a si própria é: “Estou e lembrar-me de toda a relação ou apenas do que foi bom?”
Por último, foque-se em si mesmo e no seu crescimento pessoal. Em vez de investir a sua energia a ruminar no passado, construa uma confiança genuína no seu valor.
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