Se está habituado a alertar as crianças para os perigos associados aos objetos cortantes e a fazer de tudo para mantê-los distanciados, a partir de agora terá outra preocupação.
Aliás, se acha que ao deixar um bebé com uma colher de plástico está a proporcionar-lhe um momento de segurança, perceba o que os especialistas dizem sobre esse e outros materiais da sua cozinha. Provavelmente vai optar por descartar todos os objetos de plástico.
A última vez que usou uma tábua de plástico para cortar alimentos não se apercebeu da profundidade das marcas provocadas pela faca? Está a permitir que o plástico se torne o anfitrião das suas sopas ou salteados de legumes.
O estudo ‘Tábuas de corte: uma fonte negligenciada de microplásticos na alimentação humana?’ publicado no Environmental Science & Technology confirmou a presença de microplásticos nos alimentos que ingerimos que, consequentemente, podem ficar a pairar no nosso organismo, trazendo graves problemas de saúde.
A par disso, estes materiais também representam um fator de risco para o planeta, uma vez que a sua decomposição lenta pode contribuir para a acumulação de lixo.
Nem só as tábuas podem representar um sinal de alarme, as colheres e espátulas de plástico que usamos diariamente, apesar de práticas e flexíveis, quando expostas a altas temperaturas também podem ser uma fonte poluição. A especialista Megan Meyer ao ‘Food & Wine’ adianta que estes objetos também libertam microplásticos.
Em alternativa, a especialista sugere a substituição destes utensílios por materiais de aço inoxidável, de madeira ou de silicone de alta qualidade que possa resistir ao calor.
Outras alterações sustentáveis que pode fazer na sua cozinha:
Trocar os sacos de plástico das compras por sacos de pano
Trocar os panos de microfibras por panos de algodão
Daqui em diante já pode começar a descartar os objetos de plástico. Comece com passos simples como a substituição da tábua de plástico por uma de madeira, por exemplo. Por consequência, terá ainda de adaptar o discurso de “perigo” que tinha com os mais novos. Se receber um “porquê?” em troca, agora vai conseguir fundamentar a resposta com o auxílio da ciência.
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