As autoridades italianas apreenderam 21 obras de arte atribuídas a Salvador Dalí que, alegadamente, se tratavam de réplicas, na terça-feira.
Os trabalhos associados ao pintor surrealista estavam em exposição na mostra ‘Salvador Dali: Entre arte e mito’, cuja inauguração ocorreu na semana passada, no Palazzo Tarasconi, em Parma.
A polícia confiscou desenhos, tapeçarias e gravuras, depois de, em janeiro, ter levado a cabo uma operação de fiscalização da exposição, que estava, na altura, em exibição no Museo Storico della Fanteria, de acordo com o The Guardian.
“Durante a inspeção, algo parecia estar errado. Percebemos que apenas litografias, cartazes e desenhos de Dalí estavam em exibição, juntamente com algumas estátuas e outros objetos, mas nenhuma pintura ou qualquer coisa de importância. Foi difícil entender por que alguém quereria organizar uma exposição de obras de tão baixo valor”, disse o agente a cargo da investigação, Diego Poglio, àquele meio.
As autoridades deram conta das suas suspeitas junto da Fundação Gala-Salvador Dalí, que revelou que não tinha sido contactada pelos organizadores da mostra
“Achámos isto absolutamente estranho, porque se se quer organizar uma exposição das obras de um artista, especialmente um tão importante, não se pode deixar de passar pela fundação que gere a coleção”, apontou o responsável.
Nessa linha, a polícia fez chegar fotografias das obras à fundação, que concordou que “algo não batia certo” e enviou uma equipa de especialistas para Roma.
Poglio salientou, contudo, que a investigação está em fase preliminar e que ninguém é suspeito de irregularidades, pelo menos para já.
A exposição, que era composta por cerca de 80 obras de arte, esteve em cartaz na capital italiana de janeiro a julho. Depois, reabriu em Parma, no dia 27 de setembro, devendo continuar em exibição até ao dia 1 de fevereiro do próximo ano.
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