Instantes após a derrota do Manchester United aos pés do rival Manchester City (3-0), este domingo, Ruben Amorim foi altamente taxativo na hora de garantir que pretende manter-se fiel à sua forma de jogar, apesar do contexto negativo que tem em mãos, desde que trocou o Sporting pelo clube de Old Trafford.
“Compreendo tudo isso. Aceito que haja um recorde que não se deva ter no Manchester United, porém, há muitas coisas que aconteceram nestes meses e vocês nem fazem ideia. Por isso, não vou mudar a minha filosofia. Quando quiser mudar a minha filosofia, eu mudo. Se quiserem, têm de trocar o homem. Já falam disso a cada jogo que perdemos. Eu acredito na minha forma de jogar e vou jogar da minha forma até querer mudar”, começou por admitir, em conferência de imprensa.
“Lembro-me bem que no ano passado, no Sporting, ganhámos ao Manchester City por 4-1 e, a nível de oportunidades e da forma como controlámos o jogo, nem estivemos perto do que fizemos hoje. Só posso dizer aos adeptos que farei tudo e sempre a pensar no que é melhor para o clube. Enquanto estiver aqui, farei o meu melhor. O resto não é decisão minha”, vincou de seguida.
Antes da conferência de análise ao dérbi de Manchester, Ruben Amorim já havia estado na zona das flashinterviews do Etihad Stadium, onde detalhou o que correu mal no planeamento do encontro referente à quarta jornada da Premier League.
“Em certo momentos do jogo, surgimos em campo como uma equipa fort. Se olharmos para os três golos, podíamos perfeitamente tê-los evitado. A todos. Temos de saber ser mais agressivos. Fomos melhores do que eles em alguns momentos, noutros eles foram melhores do que nós. No final, a sensação que fica é que não é uma boa”, admitiu.
“Jogámos contra um treinador [Pep Guardiola] que conquistou sete títulos da Premier League. Já nós estamos a construir algo e tentar lutar contra as grandes equipas. Não vou me defender, é sempre a mesma pergunta, mas temos de melhorar. No ano passado vencemos o Manchester City em pequenos detalhes. Agora não foi possível. Precisamos de vencer para conseguirmos construir algo”, sublinhou o treinador ex-Sporting.
“Claro que não estou feliz. Não vi nenhum jogador da minha equipa que não tenha dado o máximo. O resto é comigo. A deceção, por vezes, faz-me sentir que poderíamos correr mais, mas não tive essa sensação hoje. A culpa é minha, não deles. Estou bem com isso. Sei que é difícil para os nossos adeptos mas, repito, não posso culpar um jogador pela falta de esforço. Com inteligência de jogo, podemos melhorar”, rematou.
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