A Microsoft e a OpenAI iniciaram uma colaboração em 2019 para implementar novas capacidades de computação na Azure (plataforma de armazenamento que procura criar, executar e gerir aplicações em diferentes nuvens) para treinar modelos de grande dimensão (LLM) e acelerar o avanço da Inteligência Artificial (IA)
Neste sentido, a OpenAI treinou o GPT, o seu LLM que impulsiona o ChatGPT, no supercomputador do Azure, pelo que os avanços alcançados também foram transferidos para serviços da Microsoft, como o modelo Copilot.
No entanto, as duas empresas atualizaram o acordo, válido até 2030, para adequá-lo à nova fase de IA, e ficou estabelecido que a empresa dirigida por Sam Altman deixaria de depender exclusivamente do supercomputador da Microsoft.
Agora, também a Microsoft está a planear deixar de depender da tecnologia da OpenAI e implementar outros modelos nos seus serviços, depois de verificar que o modelo Claude 4, da Anthropic funciona melhor que o GPT-5 em “aspetos subtis, mas importantes”.
Em contrapartida, a Microsoft não está a pensar cobrar mais pelo acesso aos modelos Anthropic no Office 365, pelo que o preço do Copilot se manteria.
É importante salientar que a Microsoft é dona dos direitos de propriedade intelectual da OpenAI desde janeiro passado, e ambas as empresas iniciaram em maio uma ronda de negociações sobre a sua colaboração, num contexto em que a OpenAI tinha aumentado a concorrência e as suas ambições.
A Microsoft pretende ampliar o seu acesso à tecnologia da empresa liderada por Altman, para poder utilizá-la nos seus serviços após o término do seu contrato em 2030.
A situação tornou-se mais complexa em junho, quando a OpenAI levantou a possibilidade de acusar a Microsoft de comportamento anticompetitivo e até mesmo solicitar uma revisão regulatória do contrato.
A Anthropic é uma ‘startup’ americana de IA, especializada no desenvolvimento de sistemas de IA e modelos de linguagem, responsável pelo desenvolvimento do ‘chatbot’ Claude.
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