À medida que as pessoas envelhecem, é comum perderem massa muscular e força. Esta condição chama-se sarcopénia.
A sarcopénia afeta até 13% dos adultos com mais de 60 anos e até metade dos adultos com mais de 80, e é especialmente comum nas mulheres.
Embora a sarcopénia cause problemas em adultos mais velhos, o declínio gradual dos músculos começa normalmente por volta dos 30 anos, com os adultos a perderem cerca de 3% a 5% da massa muscular em cada década. A taxa de declínio acelera com a idade e, aos 70 anos, muitos perderam cerca de 15% ou mais do seu tecido muscular magro.
O treino de resistência é a estratégia de eleição para abrandar este declínio, e muitas pessoas também utilizam suplementos nutricionais – especialmente proteínas – para apoiar a saúde muscular. Mas será que um é suficiente sem o outro? Um novo estudo publicado na revista Nutrients fornece algumas respostas, noticia o site Eating Well.
Os investigadores realizaram uma meta-análise em rede – um método que compara vários tratamentos de uma só vez, integrando dados de ensaios clínicos anteriores. Reuniram os resultados de 21 ensaios clínicos aleatórios que envolveram mais de 1200 mulheres de meia-idade e mais velhas com sarcopénia primária. As mulheres tinham uma idade média de 71 anos.
As intervenções compararam três abordagens: exercício isolado (incluindo treino de resistência ou de força), suplemento proteico isolado (como proteína de soro de leite ou de soja) e uma combinação de ambos. Os investigadores avaliaram três resultados principais: a força muscular, medida através de testes de preensão manual e de extensão do joelho; a massa muscular, avaliada através do índice de massa muscular esquelética e de medições dos músculos apendiculares (braços e pernas); e a função física, determinada pela velocidade habitual e máxima da marcha.
A equipa de investigação concluiu que a combinação do exercício físico com a toma de um suplemento proteico era a que mais melhorava a saúde muscular. Especificamente, esta abordagem combinada aumentou a força de preensão manual, as velocidades de marcha normal e máxima e a massa muscular nos braços e nas pernas.
O exercício por si só melhorou significativamente a força de extensão do joelho, que ajuda em actividades como levantar-se e subir escadas. No entanto, o suplemento proteico por si só não produziu melhorias significativas em nenhum dos resultados medidos.
Além disso, os autores observaram que nenhum dos tratamentos – isolados ou combinados – teve um efeito significativo na massa muscular global relativamente ao tamanho do corpo.
Este estudo mostra que a combinação do treino de força com uma ingestão adequada de proteínas pode melhorar a massa muscular, a força e a velocidade de marcha, fatores-chave que apoiam uma melhor função em mulheres de meia-idade e idosas com sarcopénia.
Mas a mensagem aplica-se de forma geral. As mulheres de todas as idades que pretendam manter a força e a independência devem dar prioridade ao exercício baseado na resistência, com a ingestão diária de proteínas a apoiar esses ganhos.
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