• Julho 27, 2025
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Cuidado! Cheiro a cloro na piscina não significa que a água esteja limpa

Nos dias quentes de verão, poucas coisas são mais refrescantes do que um mergulho na piscina. Mas já se perguntou se a piscina é tão limpa como aquela água azul cristalina parece?

Lisa Cuchara é imunologista e especialista em doenças infecciosas, e estuda a forma os germes se espalham em espaços públicos e como preveni-los.

Ao site Science Alert, explica que a natação, especialmente em piscinas públicas e parques aquáticos, apresenta os seus próprios riscos – desde pequenas irritações na pele até infecções gastrointestinais. Mas a natação também traz uma infinidade de benefícios para a saúde física, social e mental.

Com algum conhecimento e um pouco de vigilância, pode aproveitar a água sem se preocupar com o que pode estar escondido sob a superfície.

A realidade dos germes da piscina

As notícias publicadas durante o verão e as publicações nas redes sociais destacam, frequentemente, o “fator nojento” dos espaços de natação comunitários. Essas preocupações têm algum fundamento.

A boa notícia é que o cloro, amplamente utilizado em piscinas, é eficaz na eliminação de muitos patogénicos. A má notícia é que o cloro não age instantaneamente – e não mata tudo.

Todos os verões, os Centros de Controlo e Prevenção de Doenças emitem alertas sobre os surtos de doenças relacionadas com a natação, causadas pela exposição a germes em piscinas públicas e parques aquáticos.

Um relatório do CDC de 2023 monitorizou mais de 200 surtos associados a piscinas entre 2015 e 2019 nos EUA, afetando mais de 3600 pessoas. Esses surtos incluíram infeções de pele, problemas respiratórios, infeções de ouvido e desconforto gastrointestinal. Muitas das consequências dessas infeções são leves, mas algumas podem ser graves.

Germes e desinfetantes

Mesmo numa piscina devidamente tratada com cloro, alguns patogénicos podem permanecer durante minutos ou dias.

Um dos culpados mais comuns é o Cryptosporidium, um germe microscópico que causa diarreia. Este parasita unicelular possui uma casca externa resistente que lhe permite sobreviver em água tratada com cloro até 10 dias. Espalha-se quando fezes – geralmente de alguém com diarreia – entram na água e são engolidas por outro banhista. Mesmo uma quantidade minúscula, invisível a olho nu, pode infectar dezenas de pessoas.

Outro germe comum é a Pseudomonas aeruginosa, uma bactéria que causa irritação na pele causada por banheiras de hidromassagem e otite externa. Vírus como o norovírus e o adenovírus também podem permanecer na água da piscina e causar doenças.

Os banhistas expelem uma variedade de resíduos corporais na água, incluindo suor, urina, óleos e células da pele. Essas substâncias, especialmente suor e urina, interagem com o cloro e formam subprodutos químicos chamados cloraminas, que podem representar riscos para a saúde.

Esses subprodutos são responsáveis pelo forte cheiro a cloro. Uma piscina limpa não deve apresentar um forte cheiro de cloro, assim como quaisquer outros odores, claro. É comum pensar-se que um forte cheiro a cloro seja sinal de que a piscina está limpa. Na verdade, pode ser um sinal de alerta que significa o oposto – que a água está contaminada e talvez deva ser evitada.

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