De acordo com um novo estudo publicado na revista Alcohol, as insónias e o alcoolismo estão intimamente ligados. As estimativas sugerem que 91% das pessoas que têm dificuldade para adormecer também fazem uso indevido de álcool.
O mesmo estudo também concluiu que o stress e a depressão influenciam a relação entre as duas condições supra referidas. Como a relação entre as insónias e consumo excessivo de álcool é bilateral, a influência do stress ou da depressão depende de qual condição surgiu primeiro.
Jessica Weafer, autora sénior do estudo e professora associada de psiquiatria e saúde comportamental da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual de Ohio, explicou: “Estávamos mais interessados em saber como é que as insónias levam ao consumo de álcool, e descobrimos que isso parece ocorrer principalmente através do stress. Mas, quando mudámos de direção, pareceu que o consumo de álcool levava principalmente às insónias devido à depressão”.
“As insónias e o alcoolismo podem causar transtornos na vida de uma pessoa: ambos estão associados à falta de emprego e menor produtividade no trabalho”. A insónia crónica pode aumentar o risco de doenças cardiovasculares, Alzheimer e outras doenças crónicas. Uma das características que define o alcoolismo é a pessoa continuar a beber mesmo que surjam problemas interpessoais, adoeça ou se magoe, ou conduza embriagado.
“Estudos anteriores sugeriram que o stress ou a depressão, ou ambos, contribuem para o sono agitado ou consumo excessivo de álcool”, disse Justin Verlinden, estudante de doutoramento em neurociência cognitiva na Universidade de Kentucky.
