• Junho 29, 2025
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A QUE CHEIRA O PODER?

Escreveu o Expresso que no PSD já “cheira a poder”, procurando, assim, caracterizar o odor de mais de duas centenas de pessoas fechadas, durante o dia de sábado, no Complexo Municipal dos Desportos da Cidade de Almada, ou antecipar, de alguma forma, a expectativa dos militantes para as Legislativas antecipadas de 10 de março.

Não será necessário um cão pisteiro ou o chamado binómio cinotécnico das forças de segurança para validar a existência do perfume do poder no ar. Tanto é assim que Cavaco Silva, Manuela Ferreira Leite e Nuno Morais Sarmento foram a Almada dar aquela benção final antes da batalha.

Entusiasmado com os apoios e com o partido, Luís Montenegro abriu o caderno de promessas: 820 euros de pensão mínima, procurando recuperar para os social-democratas o eleitorado pensionista perdido com a “troika”, alívio do IRS até ao oitavo escalão, definindo um novo limite para a categoria de “rico”, e o descongelamento, “de forma gradual e exequível”, refira-se, das carreiras dos professores.

Do “Paz, Pão, Povo e Liberdade”, Luís Montenegro parece apostado no milagre da multiplicação dos pães, garantindo ser perfeitamente possível, apesar da doutrina das “contas certas”.

Com o PS ainda embrulhado na escolha do novo líder, José Luís Carneiro, um dos aspirantes, reagiu a Montenegro, dizendo que o líder do PSD está a levar o seu adversário interno “ao colo”, porque “sabe que lhe ganha as eleições”.

Ao colo ou com os pés assentes na terra, Pedro Nuno Santos, que mereceu os epítetos de “radical” e “gonçalvista”, agora na versão de aveirense  tranquilo, classificou o discurso do presidente do PSD como “extremado e panfletário”.

O discurso de Luís Montenegro, no encerramento do 41º Congresso, e a presença do museu do partido no encontro bem podem ter entusiasmado os militantes que, a avaliar pelas notícias, terão feito um enorme esforço para evitar o tema do Chega de André Ventura, que parece apostado em alargar a base conceptual da esdrúxula “teoria da substituição” ao espaço político da direita.

Entre os social democratas, os apelos para a reedição de uma coligação à direita são fortes. Por enquanto, só o CDS manifestou interesse. Os liberais não estão para aí virados.

Nos últimos anos, o tal “cheiro a poder” apareceu amiúde nos corredores do social-democratas. A última vez, convém recordar, foi em dezembro de 2021, dois meses depois de dois dos partidos que integravam a “geringonça”, PCP e Bloco de Esquerda,  votarem contra o Orçamento do Estado para 2022, provocando assim a queda do governo. No PSD de Rui Rio, alguns começaram a inalar profundamente o odor. Em janeiro de 2022, António Costa chegou à maioria absoluta.

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