O fim das negociações sobre o acordo-quadro entre a União Europeia e a Suíça excluiu o país alpino de programas cruciais de pesquisa. O governo suíço reagiu com subsídios temporários para cientistas e startups, e está concluindo novas parcerias com países fora da UE. Será que essas medidas serão suficientes? Analisamos suas repercussões e o que está em jogo para a Suíça no longo prazo.
Charlotte Laufkötter tinha acabado de iniciar seus estudos na universidade quando os pesquisadores suíços receberam o primeiro financiamento da União Europeia (UE) em 2004.
Agora, quase duas décadas depois, a UE limitou severamente o acesso da Suíça ao Horizon Europe, o maior programa de financiamento internacional, tornando Laufkötter uma das últimas cientistas a se beneficiarem dele.
Laufkötter, uma cientista da Universidade de Berna, recebeu a prestigiosa Starting Grant do Conselho Europeu de Pesquisa (CEP) em janeiro deste ano. A subvenção de 1,5 milhões de euros a ajudará a usar supercomputadores e dados de boias autônomas para simular como o carbono orgânico se precipita no oceano profundo; um importante objeto de pesquisa no contexto da mudança climática.